Capitã Estéfane e Priscila Moura, a “rota” mais farta da Nacional do Podemos em Vitória
Com foco exclusivo na disputa ao legislativo em Vitória, depois de vender, sem êxito, a candidatura majoritária à prefeita da atual vice, Capitã Estéfane, o partido Podemos, comandado pelo deputado federal Gilson Daniel, mirou, até agora, o maior montante de verbas de campanha em duas mulheres, a própria Estéfane, que desceu para compor a chapa aos 45 minutos do segundo tempo das articulações eleitorais, e a estreante Priscila Moura, presidente do Podemos Mulher. Elas receberam, por enquanto, R$ 50 mil da Nacional, enquanto a maioria dos candidatos, R$ 10 mil. O valor destoa, também, dos atuais vereadores que buscam a reeleição, André Brandino e Chico Hosken, que como já citado aqui na coluna, declaram ter nos cofres, até agora, apenas recursos próprios ou de doadores físicos, e, mesmo assim, ainda restritos: R$ 8,9 mil e R$ 6,9 mil, respectivamente. Sem firmar apoio a nenhum outro candidato majoritário, o Podemos está na disputa com chapa completa, que soma 22 nomes. No mercado político, as projeções indicam fazer de duas a três cadeiras. Palpites? Só faltam 16 dias…
Nas internas
Capitã Estéfane anunciou recuo do palanque à prefeitura e a candidatura à Câmara no início de agosto, contrariando declarações anteriores de que a chapa já estava formada há muito tempo e, portanto, não achava “recomendado” entrar no bolo. Como foi esse “desenrolo” partidário, e se gerou ruídos ou protestos, não se sabe!
Holofotes
A vice-prefeita, não restam dúvidas, é uma das prioridades do Podemos, e vem incensando sua imagem política na Capital desde quando se posicionou sobre o rompimento com o prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos). Nesse período de movimentações eleitorais, em que se manteve em meio aos holofotes, ganhou novo gás, que aproveita agora na campanha.
Pautas
Entre as bandeiras consolidadas por ela, estão a representatividade feminina e as ações contra a violência política de gênero, o que inclui casos públicos envolvendo o próprio prefeito e o vereador Leonardo Monjardim (Novo). Na mesma linha segue Priscila Moura, que se coloca como “a voz das mães e da infância em Vitória”.
Gastos
Das duas, quem mais já contratou despesas de campanha foi Priscila, com R$ 48,7 mil (pagou R$ 27,9 mil). Capitã Estéfane contratou R$ 14,8 mil e pagou até agora R$ 13,8 mil. Lembrando: o limite de gastos em Vitória na disputa proporcional é R$ 194,4 mil.
Marcas
Dos atuais “donos” de cadeiras, André Brandino obteve 1,6 mil votos em 2020, pelo PSC, que foi incorporado pelo Podemos. Ele foi o 10º colocado entre os 15 atuais vereadores. Chico Hosken só assumiu o cargo no início de 2023, como suplente de Armandinho Fontoura, afastado pela Justiça após ser preso por investigação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Marcas II
Capitã Estéfane já foi testada nas urnas depois de 2020, nas eleições à Câmara Federal. Na época filiada ao Patriota, alcançou votação bem aquém do que exige o cargo: pouco mais de R$ 10 mil. Reclamou, na época, da falta do apoio prometido pelo partido.
‘Ex’
A chapa do Podemos também conta com outro nome conhecido do mercado político, o ex-vereador e ex-vice-prefeito Waguinho Ito, da gestão de Luciano Rezende (Cidadania). Ele está no grupo que recebeu R$ 10 mil da Nacional. O valor total chega a R$ 16,5 mil, o restante de doações e recursos próprios – R$ 2,5 mil.
Lista
Os outros concorrentes da legenda, do “bonde dos R$ 10 mil, são: Ana Diene, Baiano do Salão, Julio Manga, Karina Soares, Marquinhos Santos, Max Tristão, Mazinho Galvão, Nilton Gomes Jr e Vandinho Bessa. Apenas uma pessoa recebeu R$ 20 mil, Kelly Rodrigues. Já Gledson Situação tem R$ 21 mil, somados de dinheiro de pessoas física e próprios (R$ 5 mil).
A ver navios
Ainda estão com os cofres vazios, segundo os dados parciais entregues à Justiça Eleitoral, Charles Rocha, Josy Sampaio, Sebastião Luiz e Silvano Medeiros. Bruno Menezes aparece no sistema como “sem prestação”, e Lú da Praça do Povo foi considerada “inapta”.
Nas redes
“Enquanto a ‘cidade baixa’ está com uma lixeira por poste, na ‘cidade alta’ moradores se viram como podem. Essa é uma das desigualdades pregadas por esse desgoverno 10 (…) No morro, político, Nutella não sobe”. Waguinho Ito, em campanha de oposição ao prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos).