Mais: exposição italiana; Mostra Curta Colorado; e Cousa na Flip
O vendedor de acarajé e pai de santo, Edivan Alves, completa, na próxima sexta-feira, 36 anos de uma promessa cumprida anualmente todo dia 27 de setembro, dedicada a São Cosme e São Damião. Trata-se da distribuição de doces e do prato de Caruru de Cosme e Damião, que já virou uma tradição na Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória, há anos abandonada pelo poder público, mas que ganha vida nessa data por meio da iniciativa.
Para a festividade, ele aceita doações de doces e materiais descartáveis, como cumbucas de isopor, colheres e guardanapos. Os itens podem ser entregues ao próprio Edivan, que os receberá na praça a partir da próxima semana, de segunda a quinta, das 15h às 21h. Também são aceitas doações em dinheiro, qualquer quantia, via chave pix (27) 998803029.
Meta
A meta, segundo Edivan, é fazer cerca de 5 mil acarajés e disponibilizar 50 quilos de doces, como balas, pirulitos, mariolas e paçocas. Os acarajés são colocados no prato de Caruru de Cosme e Damião, no total de dois em cada prato, junto com vatapá, caruru e moqueca de galinha. Na praça também terá pula-pula e outros brinquedos para as crianças, além de distribuição de algodão doce, maçã do amor e pipoca.
Como tudo começou
Edivan relata que veio de uma família humilde e não tinha condições de comprar acarajé. “Passava pela rodoviária de Salvador e via aquele tabuleiro cheio de acarajé, mas não podia comprar. Aí prometi a Cosme e Damião que se minha situação melhorasse, distribuiria Caruru de Cosme e Damião num prato com dois acarajés. Logo em seguida comecei a trabalhar em um restaurante de Salvador como ajudante de cozinha. Ali aperfeiçoei a arte de cozinhar e, ao mesmo tempo, fui para o Candomblé, onde aprendi com minha vó a fazer acarajé”, recorda.
Como tudo começou II
Foi assim, há 36 anos, que Edivan começou a vender acarajé. Hoje ele é presença marcada em diversos eventos da Grande Vitória com sua barraca e suas imensas panelas onde a iguaria é feita. Com a nova profissão, passou a cumprir, anualmente, sua promessa. Nos 10 primeiros anos, a festividade acontecia em Itaberaba e Ubaiba, no interior da Bahia. Quando mudou para o Espírito Santo, fez na rua, no bairro Santo Antônio, em Vitória, mas como atraiu muita gente, o pai de santo decidiu fazer na Praça Costa Pereira, um espaço maior. Portanto, a promessa é cumprida aqui no Estado há 26 anos.
Exposição em Santa Teresa
Além dos festejos a Cosme e Damião, a próxima sexta-feira também será marcada pela abertura da exposição Do Passado ao Horizonte, 150 Anos de Travessias, em Santa Teresa, na região serrana, realizada pela Associação Federativa Comunità Italiana do Espírito Santo. Com entrada franca, a exposição será na sede do Circolo Trentino Di Santa Teresa, no Centro.
Exposição também em Vitória
A exposição já está aberta ao público em Vitória. Teve início nessa sexta-feira (19), marcando a abertura oficial da mostra, que ficará aberta ao público de segunda a sexta, das 9h às 17h, com entrada franca. Na Capital, a mostra também acontecerá na Assembleia Legislativa, a partir de 17 de outubro, e no Arquivo Público, no dia 20 do mesmo mês. As outras cidades que receberão a exposição até o final do ano são Cariacica, Aracruz, Marechal Floriano, Jaguaré, Marilândia, Nova Venécia, Vila Pavão, Rio Bananal, Ibiraçu, Muniz Freire, Cachoeiro de Itapemirim, Rio Novo do Sul, Guaçuí, Castelo, Itarana, Alfredo Chaves, Santa Teresa, Venda Nova do Imigrante, São Roque do Canaã e Itaguaçu.
Abordagem histórica
A exposição foi pensada de forma a trazer uma abordagem histórica com um traço do artista plástico Zota Coelho. É dividida em quatro tempos, distribuídos em 20 lâminas de tecido, no tamanho de 1,80m x 90m, que retratam as motivações da imigração dentro do processo de Unificação Italiana, a viagem dos imigrantes, o contato com o Novo Mundo e as perspectivas de futuro. Os quatro tempos foram identificados como a Origem, a Travessia, o Brasil e o Futuro.
Mostra Curta Colorado
Estão abertas as inscrições para a 5ª Mostra Curta Colorado, organizada pelo Cineclube Colorado. Os interessados podem inscrever seus curtas-metragens e videoclipes até o dia 30 de setembro, por meio de formulário online. Podem participar produções com até 20 minutos de duração, realizadas a partir de 2022. A mostra selecionará 10 curtas-metragens, nas categorias ficção e documentário, e 10 videoclipes para compor a programação oficial. As obras serão avaliadas por um Júri Técnico e pelo Júri Popular, com votação presencial no dia das exibições. Os filmes concorrerão a prêmios em dinheiro e troféus personalizados.
Mostra Curta Colorado II
A 5ª Mostra Curta Colorado será realizada entre os dias 6 e 8 de novembro, no Espaço Cultural Bar do Pantera, em Campo Grande, Cariacica. Conta com a curadoria de Suellen Vasconcellos, Carol Covre e Maria Zalem. Criado em 2009, o Cineclube Colorado já se consolidou como uma importante iniciativa para a exibição de filmes em Cariacica. Em sua quinta edição, a mostra busca dar visibilidade aos cineastas capixabas e suas produções, promovendo o intercâmbio cultural e a valorização da arte cinematográfica produzida no Espírito Santo.
Cousa na Flip
A Cousa fará parte da Casa Pagã, junto com outras editoras independentes, na Festa Literária de Paraty (Flip), que acontece de 9 a 13 de outubro, no Rio de Janeiro. Na Casa Pagã a editora capixaba vai realizar o lançamento de três livros: Memórias de Mirim, livro ilustrado infantil de autoria de Michele Boldrini; O Antropófago, livro de contos eróticos de Paulo Sena; e Passaporte, publicação de contas de Vinícius Piedade. Dentro da programação da Casa Pagã, Paulo Sena também participará da mesa “Gozo e Sussurros: a literatura erótica no Brasil” e Vinícius Piedade estará no debate “Literatura em Movimento: intersecções entre a escrita e outras linguagens”.
Campanha de arrecadação
Além da Cousa, estarão na Casa Pagã as editoras Aboio, Fábrica de Cânones, Feminas, Mireveja e Reformatório, do estado de São Paulo. Está sendo realizada uma campanha para ajudá-las a cobrir os altos custos da empreitada coletiva por meio do site Benfeitoria. Para os doadores, há recompensas para quem vai à Flip, como participação gratuita na Oficina para Mediação Literária, e para quem não vai, como receber um e-book.
Até a próxima coluna!
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