Categoria cobra ganho real de 5% e aumento no tíquete-alimentação
O mês de outubro começará com greve dos trabalhadores do Portocel, terminal portuário pertencente às empresas Suzano Papel e Celulose (ex-Aracruz Celulose e ex-Fibria) e Cenibra, localizado em Barra do Riacho, Aracruz, norte do Espírito Santo. O início do movimento grevista está marcado para a próxima terça-feira (1). Com isso, cerca de 400 trabalhadores podem parar suas atividades. A deflagração da greve foi aprovada nessa terça-feira (24), em assembleia da categoria.
Os trabalhadores estão em período de discussão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024-2025. A data base se encerra na próxima segunda-feira (30). A pauta de reivindicações foi aprovada em junho último. Após cinco reuniões entre a empresa e o Sindicato Unificado da Orla Portária (Suport-ES), sendo a última na sexta-feira passada (20), os trabalhadores resolveram deflagrar a greve por não haver avanços em duas reivindicações, consideradas as principais.
Uma delas é o ganho real, que os trabalhadores querem que seja de 5%, mas a empresa defende 1%. A outra é o aumento no tíquete-alimentação, que hoje é de R$ 654,00. Nesse último quesito, o Portocel ofereceu um aumento de 10%, elevando o valor para R$ 726,00. Contudo os trabalhadores defendem que o tíquete seja de R$ 900,00. Em outras pautas, como o reajuste de 3,69% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a reivindicação foi atendida.
O terminal, de acordo com o presidente do Suport-ES, Marildo Capanema, já foi comunicado da aprovação da greve. Contudo, caso apresente uma nova proposta que agrade aos trabalhadores, o movimento grevista não será deflagrado. Por isso, uma nova assembleia já está marcada para esta sexta-feira (27).
Se não houver uma nova negociação, ainda assim, a assembleia será mantida para “bater o martelo” sobre a deflagração da greve, destaca Marildo. “A gente tenta de todas as formas, à exaustão, negociar, tanto que foi aprovada a greve, mas comunicamos à empresa, para ver se ela tem mais algo a oferecer. A gente sabe das dificuldades, dos problemas que uma greve traz, mas somente a luta melhora as condições de vida e de trabalho da classe trabalhadora”, defende.