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Pesquisa do barulho

Único dado que mudaria cenário em Vitória, em favor de “LP”, vira guerra jurídica e eleitoral

Redes Sociais

O único levantamento que achou, até agora, um resultado que coloca Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) à frente do petista João Coser (PT) na disputa à Prefeitura de Vitória, indicando uma “arrancada” capaz de levá-lo ao segundo turno, não para de registrar capítulos políticos e judiciais, incrementando o embate entre o tucano e Lorenzo Pazolini (Republicanos) a poucos dias da votação de domingo (6). Depois do primeiro round, que resultou na proibição da divulgação dos dados favoráveis ao tucano, em ação movida pela coligação de Pazolini, a empresa envolvida, AtlasIntel, teve recurso acatado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) nesse domingo (29), revertendo a decisão. No mesmo dia, porém, a Justiça de primeira instância concordou com as mesmas acusações de irregularidades e proibiu uma nova pesquisa que seria publicada nessa segunda-feira (30). Outra já está prevista e, até que se prove o contrário, liberada! É registrada pela AtlasIntel para este sábado (5), véspera do “Dia D”! A pergunta é: mais quantos rounds dessa guerra eleitoral cabem até lá?!

Pesquisa do barulho II

Nos números proibidos e agora autorizados, que se referem à menção estimulada, Luiz Paulo teria 18,3%, empatado na margem de erro com Coser – 17,8%. O prefeito se manteria na dianteira, mas com 47,4%, o que impediria liquidar a fatura no primeiro turno, possibilidade já apontada por mais de um instituto e explorada à exaustão por Pazolini, para vender antecipadamente sua reeleição.

Recortes

O primeiro levantamento (ES-02969/2024) foi realizado entre os dias 17 e 22 de setembro. No segundo (ES-01081/2024), barrado antes mesmo dos resultados, as entrevistas seriam entre os dias 24 e 29, e o último (ES-08897/2024) ocorre nesta reta final de campanha: desse domingo (29) até sexta-feira (4). Cada levantamento custa R$ 35 mil.

Online

A coligação de Pazolini defende, nas ações, que as pesquisas contrariam regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e contêm “falhas graves”. Mas o principal debate jurídico se concentra no fato de que a AtlasIntel reúne os dados pela internet e o questionário é acessado por meio de link.

Análise

Na decisão que impediu a divulgação dos resultados da segunda pesquisa, o juiz Marcelo Pimentel considerou que a metodologia da AtlasIntel configura enquete/sondagem, “o que é expressamente proibido no período eleitoral”, e “demonstra total fragilidade e insegurança quanto ao resultado obtido”. Destaca que isso pode influenciar de “maneira indevida” o eleitorado.

Análise II

Já o recurso acatado no TRE pelo relator Adriano Sant’ana Pedra sobre os primeiros dados, contrário à interpretação em primeira instância, desconsidera esquete ou sondagem, “desprovidos de metodologia científica ou controle de amostragens”, e não vê “irregularidade que possa macular a pesquisa” a fim de impedir sua divulgação. Avalia, ainda, que a realização “em meio ambiente digital não retira a característica de pesquisa”.

Riscou mais fósforo

A campanha de Luiz Paulo espalha não só a “validação” dos números que o favorecem, o que é estratégico neste momento da disputa, como um “card” que mostra uma divulgação feita por Pazolini nas redes sociais de um levantamento anterior da AtlasIntel sobre o ranking de prefeitos das capitais. Era um “top 10” e Vitória ficou em 9º, colocação que prefeito disse ter recebido, na época, com “muita emoção e alegria”.

Riscou mais fósforo II

Ao lado do print da publicação, a campanha tucana destaca: “Conveniente. Pazolini quer censurar pesquisa que ele mesmo já usou”.

Corta para janeiro…

No dia 4, início deste ano, Pazolini de fato exaltou esse dado, destacando a frase “o melhor prefeito das capitais do Sudeste”. Na publicação, que segue em seu perfil, ele informa que a pesquisa da AtlasIntel foi realizada em todo o País e “coletou mais de 14 mil questionários”.

Nas redes

“A Serra é uma mulher bonita, que precisa de um ‘banho de loja’ para realçar sua beleza (…)”. Serginho Meneguelli, do Republicanos, pedindo voto para o correligionário Pablo Muribeca.

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