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População de Vila Velha teme que aquaviário gere impactos no Sítio Histórico da Prainha

Cerca de 60 pessoas presenciaram, nessa terça-feira (30), a primeira apresentação do projeto do Sistema Aquaviário entre Vitória a Vila Velha. A reunião pública – ao contrário da realizada na Capital, marcada por protestos – transcorreu tranquilamente e serviu para que a população conhecesse os estudos técnicos e a proposta de implantação do novo sistema.
 
A reunião seguiu o mesmo cronograma do debate realizado em Vitória, dando a chance ao fim da apresentação para os participantes realizarem seus questionamentos. A exemplo do debate de Vitória, a população de Vila Velha também reclamou da falta de diálogo com os representantes do governo do Estado.
 
O projeto, reclamaram alguns participantes, não aborda pontos importantes cobrados há anos pela população. Entre eles, a preservação do Sítio Histórico da Prainha. 
 
Sem qualquer citação sobre o local no projeto, a população lembrou que não há como discutir o novo sistema sem garantias de que seus impactos não irão degradar a região que está entre uma das escolhidas para o embarque e desembarque da população. 
 
Definição do trajeto dos ônibus e os impactos ambientais que as obras trarão ao meio ambiente e a população foram algumas das preocupações apontadas pelos participantes.
 
Eles lembraram que o terminal ficará nas proximidades da Igreja Nossa Senhora do Rosário (a mais antiga do Estado), Museu Homero Massena, Obelisco a Vasco Fernandes Coutinho, Museu Etnográfico e Forte Piratininga.
 
Para eles, apesar da importância do novo sistema entre os municípios, não há como pensar em aquaviário sem prever e discutir antes o que poderá acontecer com a região metropolitana da Grande Vitória. 
 
A mesma preocupação também foi levantada em Vitória, durante a audiência pública que terminou em tumulto devido ao não atendimento das reivindicações dos participantes pela Secretaria de Estado de Transporte e Obras Públicas (Setop). 
 
Segundo o secretário Fábio Damasceno, as cobranças e sugestões serão consideradas pela secretaria de acordo com a necessidade da população. 
 
Estiveram no debate o diretor presidente da Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb) Léo Carlos Cruz, o secretário de Transportes de Vila Velha, Romário de Castro, além de vereadores da região e representantes do Ministério Público Estadual e de movimentos sociais.
 
Representantes dos bairros Itapoã, Praia dos Recifes, Araças, Barra do Jucu, Nova Ponta da Fruta, Itaparica, Novo México, Nossa Senhora da Penha, Recanto da Sereia, Ponta da Fruta, Praia da Costa, Centro, Vila Nova e Nova América também participaram do debate. 
 
De acordo com a Setop, a implantação do aquaviário faz parte do Programa de Mobilidade Metropolitana (PMM), que possui ações voltadas para a melhoria do transporte público, do trânsito e infraestrutura nas cidades da Grande Vitória e do interior do Estado. Entre os benefícios do sistema hidroviário estão à rapidez no deslocamento, mais segurança e conforto para usuários, precisão no tempo de viagem e integração com o sistema Transcol.
 
Estações
 
O modal hidroviário terá quatro embarcações e cada uma com capacidade para transportar 200 passageiros.
 
O sistema terá quatro estações com acessos flutuantes. Atendendo à solicitação dos participantes da audiência pública realizada no dia 18 de julho, a Setop planejou duas estações localizadas em Vila Velha, na Prainha e no bairro Argolas. E outras duas em Vitória, na Praça do Papa e outra no Centro, sendo assim a Estação Dom Bosco foi retirada do primeiro ano de implantação do sistema. Todos os terminais terão estacionamentos para veículos, bicicletário, banheiros e lanchonetes. Os trajetos serão entre os municípios de Vitória e Vila Velha e terão tempo de duração máximo de até 6 minutos. 
 
De acordo com Setop, a tarifa do aquaviário será unificada. Os usuários do Transcol não terão custo para utilizar os catamarãs. Aqueles que não utilizam o sistema de transporte público coletivo da Grande Vitória terão que adquirir bilhete de passagem, que terá o mesmo valor do sistema Transcol. 
 
O novo sistema hidroviário funcionará a partir de Parceria Público Privada (PPP), onde o Governo do Estado fará o aporte para a construção das estações e aluguel das primeiras embarcações. Já empresa vencedora da licitação, ficará responsável pela operação do sistema. Após dois anos de funcionamento, em caso de crescimento da demanda, a empresa e o governo vão estudar a inclusão de novas linhas no sistema.
 
 
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