Henrique Follador, ex-secretário de Daniel da Açaí, ficou em último lugar
O ex-secretário de Saúde de São Mateus, no norte do Estado, Henrique Follador (PDT), candidato do atual prefeito, Daniel da Açaí (PDT), chegou em quinto e último lugar na eleição desse domingo (6), com apenas 1,2 mil votos, o que representa 1,88% dos votos válidos. Foi ultrapassado por Zenilza Pauli (PT), com 4,9 mil votos (7,69% ), e pelo pastor Nilis Castberg (PL), com 3,3 ml votos (5,25%).
Marcus da Cozivip, do Podemos, conhecido empresário da região, é o prefeito eleito para os próximos quatro anos. Ele obteve 28 mil votos, 43,59%, segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), derrotando o radialista Carlinhos Lyrio (Republicanos), em disputa apertada – ele marcou 26,7 mil votos, 41,58%. A vice-prefeita na chapa eleita é a professora Raquel (Podemos).
Marcus da Cozivip tem 46 anos e integra a coligação “Podemos Mudar São Mateus”, formada ainda pelos partidos Avante, PRD, PRTB, Novo, MDB, PSD e Solidariedade. Seu nome começou a ganhar impulso depois da confirmação da inelegibilidade do ex-prefeito Amadeu Boroto (MDB), candidato apresentado pelo vice-governador, Ricardo Ferraço, presidente estadual da legenda.
Fora da disputa, Boroto anunciou apoio a Marcus, consolidando a candidatura e isolando as pretensões do prefeito Daniel da Açaí, que, impedido de concorrer por já cumprir o segundo mandato, lançou Follador, em julho desse ano. Na ocasião, o prefeito disse que a “o Henrique não é um candidato qualquer; é o meu candidato, é o candidato da periferia”, e passou a buscar alianças com o governador Renato Casagrande (PSB) e o presidente estadual do PDT, Sergio Vidigal, prefeito da Serra, sem obter êxito.
Condenação
Na véspera da eleição desse domingo, Daniel da Açaí e Henrique foram condenados pela juíza do trabalho Silvia Dalla Bernardina Daher, junto ainda com a candidata a vice em sua chapa, Paloma Pancieri (PP), e os vereadores e candidatos à reeleição Kacio Mendes (PP) e Cristiano Balanga (PP), pela prática de assédio eleitoral, conhecido como “voto de cabresto”. Cristiano Balanga foi reeleito, com 1,5 mil votos, e Kacio ficou na suplência. O processo envolve, ainda, as empresas Fortaleza Ambiental, Start Ambiental e MFI Empreendimentos, e a Prefeitura de São Mateus.
As ações foram ajuizadas após o MPT tomar ciência que os candidatos a prefeito, vice-prefeita e vereadores compareceram em eventos organizados pelas empresas “a fim de pedir votos aos trabalhadores por meio de intimidação capaz de gerar temor e atingir a plena liberdade de voto e de convicção política”.
A magistrada determinou retratações públicas para empresas e o prefeito, inclusive em redes sociais, que, se descumpridas, implicarão o pagamento de multas de até R$ 50 mil por dia.