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De 50 para 5

PL, de Magno Malta, prometeu tudo e não entregou quase nada às prefeituras

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Com o peito estufado nos últimos meses para dizer que o PL não precisava de alianças e que seria cabeça de chapa em todos os municípios onde disputasse no Espírito Santo, o senador Magno Malta sai das eleições proporcionais deste ano quase sem nenhum município para chamar de seu. O partido concorreu com 50 nomes, e colocou bastante dinheiro na campanha na Grande Vitória, mas elegeu apenas cinco, todos no interior: Tiago Rocha, o único prefeito do PL hoje, de São Gabriel da Palha, permanece no cargo; e foram eleitos Edu do Restaurante, em Domingos Martins; Camarão, em Muqui; Dr. Luis Pancoti, em Ibatiba; e Ronan Fisioterapeuta, em Santa Maria de Jetibá. Os carros-chefe do partido, a Capital e Vila Velha, também não disseram a que vieram: Capitão Assumção marcou 9,55% dos votos, e Coronel Ramalho 17,20% – uma diferença gritante do prefeito, Arnaldinho Borgo (Podemos), reeleito com 79%. Na Serra, Igor Elson chegou a 7,6%; em Cariacica, pastor Ivan Bastos recebeu 2,5% dos votos; e em Guarapari, Danilo Bahiense foi votado por 9,93% eleitores. A maioria da lista foi “impulsionada” pela visita do ex-presidente Jair Bolsonaro a Vitória na reta final da campanha. Ou melhor, pretendia ser! A estratégia não obteve êxito, como se vê! Em 2020, o PL já tinha amargurado um desempenho muito aquém, com metade dos candidatos lançados e sem participação efetiva de Magno na campanha, que vinha de uma baixa política relevante. Dessa vez, pelo contrário, o senador foi às ruas, pediu votos e atuou como principal cabo eleitoral dos palanques do PL. No balanço final: prometeu tudo e não entregou quase nada!

Segue…

Em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, Léo Camargo conseguiu chegar em segundo lugar, com 23%, porém, longe de ameaçar o eleito, Theodorico Ferraço (PP), com 42,3%. Na região oposta, em Linhares, Maurinho Rossini não passou de 8%. Em Colatina, Luciano Merlo, que tinha dado um trabalho danado na disputa de 2020, ficou em terceiro, com 13,7%.

Coligação

Dois dos municípios eleitos acima são justamente as únicas alianças amplas do PL este ano – na maioria disputou sozinho ou, no máximo com o PRTB – e que resultou, inclusive, num “mix partidário” envolvendo até legendas ligadas ao governador Renato Casagrande (PSB), o adversário que os bolsonaristas pretendem eliminar.

Coligação II

A primeiro delas, em São Gabriel da Palha, reuniu em torno de Tiago Rocha o Podemos, a federação PSDB/Cidadania, o Republicanos, o PRD, o PRTB e o Novo. A outra foi em Muqui, com a federação PSDB/Cidadania, Republicanos, PP e Agir junto com Camarão.

Duelo

Em agosto passado, mostrei aqui na coluna os municípios onde o PL e o PSB, de Casagrande, se enfrentariam este ano, ao todo, 24, já uma prévia da demarcação de território até 2026. E qual foi o resultado, afinal? O PSB venceu em 13 municípios onde o PL também tentava a prefeitura; o PL emplacou três; e em outras oito cidades, nenhum dos dois levou.

Marcas

Em São Gabriel da Palha, Tiago Rocha ficou com 51,59% e o candidato do PSB, Valdecir Cezar, 46,13%. Em Muqui, Camarão venceu Frei Paulão (PSB) com 58,5% contra 41,2%. Em Santa Maria de Jetibá, o embate ficou acirradíssimo entre Ronan Fisioterapeuta (PL) e o nome do Republicanos, Hans Dettmann, que atingiu 37,4%. O candidato do PSB, Joel Ponath, “sobrou”, com 15,1%.

Marcas II

Já o PSB superou o projeto bolsonarista em Água Doce do Norte, Anchieta, Barra de São Francisco, Conceição da Barra, Ecoporanga, Ibitirama, Itaguaçu, Vila Pavão, Mucurici, Muniz Freire, Nova Venécia e Pinheiros. Na maioria, porém, o PL teve uma votação inexpressiva, e em Marilândia, único embate direto, sem outros concorrentes, Gutim (PSB) fechou as urnas com 82,2%, disparado na frente de Simão Lima (PL), com 17,7%.

Marcas III

Em Barra de São Francisco, Tavinho (PL) marcou 3,67%; em Ecoporanga, Tia Laureci Gigante do Norte atingiu só 2,43%; em Ibitirama, Dr. Hugo, Huguinho ficou com 5,69%; em Itaguaçu, Arnaldo Cândido chegou a 4,8%; em Mucurici, Railton Meu Garoto, marcou 0,51%; em Muniz Freire, Vilma Soares Louzada chegou a 3,4%; e em Pinheiros, Pablo da Academia ficou apenas com 0,8%

Nem um, nem outro

Não deu para o PSB nem o PL em Alfredo Chaves, Guaçuí, Cachoeiro, Itapemirim, Montanha, Pancas, Rio Bananal e Santa Teresa.

Nas redes

“(…) A urna é só um detalhe, faça seu trabalho, porque tudo tem o comando de Deus (…) nosso projeto era fazer uma grande plantação, para gerar lideranças para o futuro, e isso aconteceu (…) tivemos a coragem de passar por esse risco, porque sabemos que temos muita gente preparada agora, para ser deputado estadual, federal, senador da República (…)”. Magno Malta e o “floreio” do fracasso eleitoral.

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