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Próprias pernas?

Três dos cinco prefeitos eleitos do PL não viram (até que se prove o contrário) a cor do fundo partidário

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Redes Sociais

O Partido Liberal (PL), como já analisado aqui na coluna, fez apenas cinco palanques majoritários nas eleições do último dia 6, do total de 50 candidatos lançados. Logo após o resultado, o “dono” da legenda, senador Magno Malta, exaltou o resultado, publicou fotos e deu “parabéns” aos próximos prefeitos, mas…ao observar os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até a véspera e depois da votação nas urnas, a constatação: três deles sequer viram a cor do dinheiro do fundo partidário. Nem mesmo o único prefeito candidato à reeleição, Tiago Rocha, de São Gabriel da Palha. A situação se repetiu com Dr. Luis Pancoti, em Ibatiba, e Camarão, em Muqui. Outro nome do PL que também ficou de fora da divisão do bolo foi Carlinhos da Agropet, em Montanha, que não conseguiu se eleger. Em comum entre eles, a formação das poucas chapas mais amplas e diversas do PL, que se restringiram na maioria dos municípios a palanques puro-sangue ou com o PRTB. Ou seja, alianças com legendas da “lista proibida” de Magno, comunicada já em cima, na pré-campanha, com as articulações a todo vapor. Primeiro, a pergunta: como o PL atuou, de fato, para eleger esses três nomes? Segundo, a conclusão que já era esperada: a estratégia de Magno de que o partido “se bastaria” e não precisaria de mais ninguém, foi “um tiro no próprio pé”. Quem garantiu cadeira não seguiu a entoada.

Raio-X

Em São Gabriel da Palha, Tiago Rocha coligou com três partidos da lista proibida, Republicanos, Podemos e PRD. Os outros eram liberados: Novo, PRTB e federação PSDB/Cidadania. Nas doações declaradas ao TSE, ele aparece com apenas 51,2 mil, entre recursos próprios e doações de pessoas físicas. A última atualização dos dados foi na véspera do pleito, no dia 5.

Raio-X II

Dr. Luis Pancoti conseguiu mais em Ibatiba, R$ 175,4 mil, também sem a presença da Nacional do PL. Tem um “choro” de R$ 4,7 mil do diretório municipal. Ele formou aliança com PP, Podemos e PSD, vetados por Magno, e com o Novo e DC. As informações são do dia 11 de outubro.

Raio-X III

No caso do palanque de Camarão, em Muqui, participaram, de novo, o Republicanos e o PP, e ainda o Agir e do PSDB/Cidadania. O prefeito eleito declarou 95,3 mil até o dia 2 de outubro, tudo de pessoas físicas.

Mais…

Já Carlinhos da Agropet, que acabou em terceiro no município de Montanha, fechou chapa apenas com o PSD, e também não levou. Nos dados enviados até o dia 3 deste mês, ele tinha 98,3 mil, igualmente doados por pessoas físicas.

Tu vens?

Para quem ainda falta atualização até o dia 6, ainda há um fio de esperança? Nos bastidores, a resposta é clara…não! A coluna segue de olho!

Caixa

Os outros dois eleitos foram Edu do Restaurante, em Domingos Martins, e Ronan Fisioterapeuta, em Santa Maria de Jetibá. O primeiro se coligou apenas com o Novo e recebeu R$ 215 mil da Nacional de R$ 232,1 mil arrecadados – dados atualizados no dia 10 de outubro. O segundo, Ronan, caminhou com o PRTB e recebeu R$ 196 mil do total de R$ 254,8 mil – últimos dados inseridos em 11 de outubro.

Quase todo mundo

O ofício de Magno Malta, divulgado em agosto, além dos partidos de direita citados acima, proibiu aliança com o União Brasil, e, no lado oposto, com a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) e Federação Psol-Rede. A decisão foi em âmbito estadual e criou indiscutíveis obstáculos ao partido nas eleições municipais.

Abastecidos

Fora esses palanques, a Nacional do PL injetou dinheiro nos cofres de todos os candidatos, uns mais, outros menos! A única exceção foi em Venda Nova do Imigrante, que o recurso saiu do diretório municipal/comissão provisória. As principais doações se concentraram na Grande Vitória e em municípios-polos, como Cachoeiro de Itapemirim e Linhares.

Show do milhão

Capitão Assumção, na Capital, levou R$ 2,1 milhões; Coronel Ramalho, em Vila Velha, R$ 2,6 milhões; Igor Elson, na Serra, R$ 1,66 milhão; Léo Camargo, em Cachoeiro, R$ 1,28 milhão; e Maurinho Rossoni, em Linhares, R$ 1,99 milhão.

Nem tanto

Ivan Bastos, em Cariacica, ficou abaixo dessas casas, com R$ 414 mil, assim como Danilo Bahiense, em Guarapari, com R$ 648 mil. Nos demais municípios do interior, os valores variaram de R$ 25 mil (Brejetuba) a mais de R$ 400 mil (Colatina e Piúma).

Espaços

Nas câmaras municipais, o PL garantiu 57 cadeiras nas eleições deste ano. Mas isso fica de assunto para uma próxima coluna…

Nas redes

“Parabéns aos nossos prefeitos eleitos! Juntos, vamos construir um futuro melhor para nossas cidades e fortalecer nosso compromisso com a mudança e nossos pilares de Deus, pátria, família e liberdade”. Magno Malta, após o resultado das urnas.

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