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Ufes vai criar rede de educadores em direitos humanos

Iniciativa será a partir de um curso sobre a temática, cujas inscrições estão abertas

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Leonardo Sá

A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) quer criar uma rede de educadores em direitos humanos, para trocas de experiência sobre a temática e elaboração de atividades no ambiente escolar, construída a partir do curso de extensão Aperfeiçoamento de Educação em Direitos Humanos – Construindo a Rede de Educadores em Direitos Humanos no Espírito Santo, que está com as inscrições abertas.

A iniciativa é resultado de uma parceria entre a instituição de ensino, o Núcleo de Direitos Humanos e Saúde (CCS), a Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC).

O coordenador do curso, Antônio Lopes de Souza Neto, afirma que a rede é uma forma de auxiliar os professores, uma vez que muitos não sabem como lidar com a concretude dos problemas no ambiente escolar, como os casos de homofobia. De acordo com ele, a metodologia dessa rede e como ela será organizada, ainda serão construídas coletivamente entre os participantes do curso, cujas inscrições podem ser feitas gratuitamente tanto para alunos quanto tutores.

O curso, semipresencial, tem vagas para quatro tutores presenciais, sendo um em Nova Venécia, um em Cachoeiro de Itapemirim e dois na Serra, e oito à distância. Para estudantes, terá 200 vagas, divididas nos três polos: Serra (100); Nova Venécia (50); e Cachoeiro de Itapemirim (50).

Antônio explica que isso não significa que somente moradores desses municípios podem se inscrever, pois a iniciativa também atende às demais cidades das regiões. O curso tem como foco principal profissionais da educação, a exemplo de professores, pedagogos e merendeiras.

“Isso vem mudando, mas profissionais de todas as áreas não têm ou quase não têm formação para questões das diversidades, aí vem o guarda-chuva com gênero, raça, etnia, pessoas com deficiência, inclusive nas licenciaturas. O curso é uma complementação dessa formação inicial”, destaca Antônio.

Até 20% das vagas serão destinadas para o que a coordenação do curso chama de demanda social, como conselheiros tutelares, conselheiros da criança e do adolescente e militantes de movimentos sociais, promovendo, conforme afirma Antônio, a integração entre o espaço escolar e seu entorno.

O curso começa em 23 de novembro e termina em março de 2025. Além da Ufes, será oferecido também em outras 15 universidades federais escolhidas pelo MEC. A iniciativa, afirma Antônio, marca a retomada da política de formação continuada do Governo Lula (PT). O coordenador do curso recorda que a Secadi, uma demanda dos movimentos sociais, foi criada em 2004 e mantida no Governo Temer (MDB), após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), contudo, sem recursos. No Governo Bolsonaro (PL), foi extinta.

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