Encontro marca relação com o governo e com a Câmara – coligação só fez uma cadeira
O prefeito eleito de Cachoeiro de Itapemirim (sul do Estado), Theodorico Ferraço (PP), e seu filho, o vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), se reuniram em almoço com os vereadores eleitos e os atuais, nesta quinta-feira (31), para discutir projetos e investimentos públicos para a região. O encontro serviu, também, para articular alianças para o filho, nome cotado para a sucessão do governador Renato Casagrande (PSB) em 2026.
“Estamos aqui para garantir que a cidade receba o suporte necessário para que projetos fundamentais possam avançar. A parceria com a nova administração é essencial para o desenvolvimento de Cachoeiro,” exaltou o vice-governador.
Já Theodorico Ferraço expôs a necessidade de “união para que Cachoeiro volte a crescer e apontou que “todos os vereadores terão a mesma atenção”, anunciando a criação da “Sala do Vereador”. Ele também apontou uma de suas prioridades a intervenção no trevo do bairro IBC, que visa solucionar os congestionamentos frequentes na região.
A presença de Ricardo Ferraço no encontro marca a relação do governo do Estado com a gestão de Theodorico, depois que o PSB tentou se manter no poder no município, com a candidatura de Lorena Vasques, sucessora de Victor Coelho, sem êxito. Ex-secretária municipal, ela acabou em quarto lugar, com apenas 11,27%.
O encontro, ao mesmo tempo, abre o diálogo com a Câmara Municipal, onde Theodorico precisa articular uma base, já que sua coligação só garantiu uma cadeira na disputa deste ano, da vereadora Renata Fiório (PP), a única mulher da Casa entre 19 eleitos.
No balanço geral, a maioria integrou o palanque governista, que levou 11 vagas, quase 60% do total. O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT) terão as maiores bancadas do grupo, com quatro vereadores eleitos cada um, e o Partido Socialista Brasileiro (PSB), três.
Da coligação de Diego Libardi (Republicanos), o terceiro colocado, o Podemos conseguiu eleger três parlamentares – incluindo o atual presidente da Câmara, Brás Zagotto -, e o União Brasil, dois. O Partido Liberal (PL), de Léo Camargo, segundo lugar nas urnas, também ficou com duas cadeiras. A coligação de Carlos Casteglione (PT) foi a única que não conseguiu eleger vereadores.