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Bancada dos extremos

Oposição a Arnaldinho Borgo na Câmara vai convergir siglas antagônicas, PT e PL

CMVV

Reeleito com votação para lá de expressiva – 79% do eleitorado – e com garantia de apoio de 17 dos 21 vereadores da próxima legislatura, o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), vai continuar aprovando, sem dificuldades, seus projetos na Câmara Municipal nos próximos quatro anos. Mas não sem qualquer objeção, barulho ou apontamentos. “A Câmara do amém acabou”, avisou Rafael Primo em entrevista ao programa Política ES, da TV Século. Eleito pelo PT após um longo hiato sem representação do partido no legislativo, a posição de Primo à gestão estadual é definida por ele como uma “oposição propositiva”. Ele mantém o entendimento já manifestado em outras ocasiões, de que a administração de Arnaldinho é “cosmética” e não chega a quem mais precisa, embora reconheça a alta aprovação do prefeito, como mostraram as urnas. A bancada da oposição em Vila Velha reservará, desta forma, uma particularidade interessante, de possíveis convergências entre duas legendas antagônicas e que estão há anos em guerra nacionalmente, o PT e o PL. Isso porque, fora da coligação de Arnaldinho, restaram justamente Rafael Primo e os eleitos do PL, Devacir Rabello, o segundo mais votado, Pastor Fabiano e Patrick da Guarda. Os três representam, no município, outro projeto contrário a Arnaldinho, liderado por Coronel Ramalho, principal adversário do prefeito no pleito. “O que for melhor para cidade, não importa com quem”, avalia Primo. Essa mistura promete, hein?!

Perfis

O vereador eleito do PT já tentou a prefeitura em 2020 e ocupou, depois, cargos no Governo do Estado. Sempre foi adverso à gestão de Arnaldinho. No PL, Devacir Rabello retornará à Câmara depois de cassado por fraude na cota de gênero cometida por seu antigo partido, o DC. Já Pastor Fabiano e Patrick da Guarda são novatos…

Perfis II

…o pastor virou notícia no Estado após ser preso por atos golpistas, em 2022, em operação determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Patrick da Guarda, como o nome diz, é da Guarda Municipal e já integrou legendas de espectro político oposto, como o PDT.

Perfis III

A informação foi citada por Primo na entrevista ao Política ES, quando destacou a boa relação pessoal que tem com o futuro colega de plenário. “Já prevejo que nós votaremos juntos e construiremos algumas coisas”, apontou, destacando que Patrick também tem se colocado como uma “oposição propositiva”, o que não deve ser, nem de longe, a postura dos dois outros vereadores do PL, com estilos mais incisivos.

Meta

O petista também pretende atuar com a vereadora reeleita Patrícia Crizanto, do PSB. Ele a considera “conservadora em algumas pautas”, mas exalta “ter esperança” de consolidar projetos em conjunto.

Prévias

Rafael já iniciou o caminho preparatório até a posse, contando com lideranças do partido, e diz que essa construção será feita durante todo o mandato. Nesta terça-feira (5), ele se reuniu com o senador Fabiano Contarato e o ex-deputado Roberto Carlos, derrotado à Prefeitura da Serra.

Prévias II

Contarato, aliás, também recebeu Açucena, que assumirá em Cariacica. Assim como Rafael Primo chegará à Casa com a responsabilidade de representar o PT após anos e anos de ausência no legislativo, Açucena será a primeira mulher do partido a ocupar uma cadeira na Câmara de Cariacica e a única, também, da próxima legislatura.

Mesmo cenário

No caso da futura vereadora, a oposição será erguida contra a gestão do prefeito reeleito, Euclério Sampaio (MDB), também com votação nas alturas, tendo como adversária Célia Tavares do PT, que não conseguiu repetir o desempenho de 2020. Na Câmara, o prefeito também tem maioria esmagadora.

Marcha lenta

Como ocorre em toda campanha eleitoral, que envolve interesses pessoais dos deputados, as sessões da Assembleia Legislativa passaram pelo período, mais uma vez, devagar, quase parando. Pois bem, o primeiro turno acabou, o segundo também, e o ritmo segue exatamente igual.

Atropelos

É assim que fica tudo acumulado, e depois os parlamentares votam tudo a toque de caixa, sem ler, para encerrar o ano legislativo. Só para exemplificar o que tem sido comum: a sessão desta terça-feira (5) durou meia hora.

Nas redes

“Encontro com os amigos para falar da conjuntura nacional, estadual e municipal. Sabemos dos desafios, e estamos construindo soluções para fazer a diferença na vida daqueles que mais precisam”. Rafael Primo, sobre reunião desta terça-feira.

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