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Moradores de Roda d’Água relatam casos de adoecimento após aumento de mosquitos

Comunidade cobra atenção da prefeitura e teme a febre do oropouche

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Os moradores da região de Roda d’Água, em Cariacica, afirmam que nas últimas semanas várias pessoas, de diversas faixas etárias, têm ficado doente. Os sintomas são dores de cabeça e no corpo, febre, enjoo e vômito. Embora a comunidade conviva há tempos com o grande número de maruís, os moradores temem que se trate de febre oropouche, já que a doença é causada por esse mosquito.

O presidente da Associação de Moradores de Roda d’Água, Jairo Serrano, relata que a quantidade de maruís aumentou após as chuvas. De acordo com ele, somente na vila de Quitungo Velho, que faz parte da comunidade de Roda d’Água, há cerca de 10 pessoas acamadas. O próprio Jairo esteve doente, assim como alguns de seus familiares, mas como não chegou a procurar ajuda médica, não recebeu um diagnóstico. Um de seus irmãos também adoeceu e foi ao médico, sendo diagnosticado com dengue. Apesar disso, Jairo afirma que a comunidade não descarta e teme a possibilidade de haver casos de febre do oropouche.

A professora aposentada e moradora do bairro, Amada Gastão, relata que outras pessoas, com os mesmos sintomas, que também chegaram a procurar ajuda médica, obtiveram como resposta que estavam com virose.

Ela aponta que chegou a ser solicitado o fumacê para a região, mas a Prefeitura de Cariacica afirmou que não é possível porque a região é rural, podendo causar danos ao meio ambiente. “Queremos atenção dos órgãos competentes. A gente não sabe se de fato é por causa do mosquito, mas é preciso averiguar, pois não é possível todo mundo ficar adoecendo”, protesta Amada. A professora aposentada relata que, por intermédio do Conselho Municipal de Saúde, a comunidade foi informada de que representantes da gestão municipal irão ao bairro nesta segunda-feira (25).

A febre do oropouche, que os moradores de Roda d’água destacam, teve seus primeiros casos confirmados no Espírito Santo em abril de 2024. O professor do Departamento de Patologia do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Edson Delatorre, informa que, desde então, já foram registrados mais de 450 casos, distribuídos por 36 municípios. As cidades com maior ocorrência são Laranja da Terra, Rio Bananal e Colatina, no noroeste; Anchieta, no sul; e Itaguaçu, na região serrana.

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