“Grande evento” da Maranata reúne aliados, desafetos e peças do tabuleiro de 2026
O “grande evento” da Igreja Maranata, anunciado como “trombetas e festas”, atraiu a classe política em peso para o Maanaim, em Domingos Martins, na região serrana do Estado, nesse domingo (1). Área de cobiçado e constante interesse político, por representar 30% do eleitorado, os pastores conseguiram colocar, no mesmo espaço, nomes da situação e oposição, e que inclusive estão, hoje, no tabuleiro de 2026. Do primeiro campo, estavam o próprio governador, Renato Casagrande (PSB), e dois cotados ao Palácio Anchieta: o vice, Ricardo Ferraço (MDB), e o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos). Da oposição, demarcou território aquele que assumiu a dianteira da fila para encarar o próximo pleito, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), que vem de campanha atrelada à Igreja Maranata. O deputado federal Evair de Melo, do PP, partido que é o principal aliado de Pazolini, é outro que esteve por lá, assim como Capitão Assumção (PL), que não é do mesmo grupo, mas também da linha de combate a Casagrande. Quem não poderia faltar, ainda: o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União), que como se sabe, transita e acena para os dois lados, apesar das evidentes contradições.
Blocos
Mais lideranças no Maanaim: as deputadas estaduais Raquel Lessa (PP) e Janete de Sá (PSB), o deputado Hudson Leal (Republicanos); o vereador de Vitória, Davi Esmael (Republicanos), a dupla de Pazolini para assuntos de Maranata; e os vereadores de Vila Velha Devanir Ferreira (Republicanos), Anadelso Pereira (Podemos) e Oswaldo Maturano (PRD) – os três da base de Arnaldinho.
Até o último abraço
Alguns foram embora cedo, outros no meio, e tiveram ainda os que ficaram até o final. Os campeões citados nesse quesito: Pazolini e o prefeito de Vila Velha.
Presente e futuro
Os dois jovens políticos, reeleitos, saíram maiores do pleito deste ano e, certamente, serão peças presentes também em cenários futuros. Pazolini já é considerado nome da eleição de 2026. Já Arnaldinho nega, mas seus movimentos, por ora, estão longe de convencer. O tempo dirá!
Próximo!
O fluxo de políticos no Palácio Anchieta segue intenso. O deputado federal Da Vitória (PP), parceiro e entusiasta dos planos eleitorais em torno de Pazolini, sentou-se à mesa com Casagrande. “Ah”, se as paredes falassem…
Para todo lado
Depois dos evangélicos, os católicos! A missa dos políticos liderada por Dom Dário recebeu, nesta segunda-feira (2), Pazolini; os deputados João Coser (PT) e Denninho (União); os vereadores Professor Jocelino (PT), de Vitória, Joel Rangel (Podemos), de Vila Velha, e César Lucas (PV), de Cariacica; e ainda Shymenne de Castro (PSB), a vice eleita de Euclério Sampaio (MDB).
Campo congestionado
Joel Rangel, a propósito, tem sido “figurinha” repetida ao lado do prefeito Arnaldinho em eventos e solenidades. O vereador integra a lista de cotados para presidir a Câmara a partir do início de 2025. Os outros nomes que circulam no mercado são Oswaldo Maturano, Patrícia Crizanto (PSB), Rogério Cardoso (Podemos) e até Ivan Carlini (Podemos), que já deveria estar cansado de ocupar o posto.
Tudo – quase – igual
Na Grande Vitória, é a prévia eleitoral das câmaras que mais tem vereador listado como possível candidato. Em Vitória, sem sinal de mudanças na articulação com Anderson Goggi (PP); em Cariacica, Lelo Couto (MDB) deve mesmo se manter na cadeira, assim como na Serra, com Saulinho da Academia (PDT).
Articulações
Já sobre Coser…a corrente do PT Alternativa Socialista (AS), do deputado e da sua filha, vereadora de Vitória, Karla, fechou nesse domingo o ciclo de encontros com foco no Processo de Eleições Diretas (PED), que será realizado no próximo ano. A previsão, como já analisado por aqui, é de que Coser tente retornar ao comando, em disputa com o deputado federal Helder Salomão, que perdeu o posto por apenas três votos no último PED.
Nas redes
“Pazolini fez Vitória voltar a alagar! Mais um final de semana que tivemos chuvas fortes e diversas ruas alagaram. E depois que a água abaixou, vimos a sujeira que ficou pelas ruas. Isso é reflexo do abandono e da falta de planejamento dessa gestão (…)”. Karla Coser, sobre os efeitos do que chama de “asfalto vixe” do prefeito de Vitória.