Renato Casagrande incensa prefeitos aliados e oficializa corrida de 2026
Reeleitos com alto índice de aprovação nas urnas e no reboque de altos investimentos da gestão estadual, os prefeitos aliados de Renato Casagrande (PSB) estão agora, oficialmente, na corrida à sucessão de 2026. A largada foi dada pelo próprio governador, em entrevistas à imprensa capixaba, e abre o campo para futuras articulações, sem restringir o cenário ao vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), em tese, o primeiro da fila do grupo. Dois prefeitos citados já estavam na boca do povo e foram tema de análises aqui na coluna: Sergio Vidigal (PDT), da Serra, e Arnaldinho Borgo (Podemos), de Vila Velha. Casagrande os efetivou e acrescentou no bolo o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB). Vidigal saiu maior das eleições municipais, após eleger o pupilo e novato, Weverson Meireles (PDT), até então um desconhecido da população, em disputa com nomes já batidos do mercado, o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP) e o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos). Arnaldinho e Euclério marcaram, respectivamente, 79,04% e 88,4% nas urnas, índices nada desprezíveis. O prefeito de Vila Velha já vinha chamando atenção devido a uma série de reuniões política e com lideranças partidárias, enquanto Vidigal vinha se esquivando, porém também mudou o tom em relação ao Palácio Anchieta. Euclério ainda não entrou na prévia do jogo, de fato, mas seu nome está na roda. Quem chegar lá na frente com melhor cacife eleitoral assume a dianteira, e Ricardo Ferraço pode perder, de novo, a vez? A conferir!
Antes e depois
Não é novidade que Ferraço nutre o desejo de ser governador há muitos anos. Em 2010, foi preterido, no episódio conhecido como “abril sangrento”, para dar lugar justamente a Casagrande, na época, ambos alinhados a Paulo Hartung (sem partido). O ex-governador deu rasteira nos dois, e um novo caminho foi traçado, até se tornarem aliados. Finalmente, a vez de Ferraço chegou ou…não!
Variáveis
Sem poder tentar um novo mandato, Casagrande é cotado a disputar o Senado, para encerrar por lá a carreira política. Neste caso, como se sabe, terá que deixar a cadeira mais cedo, e Ferraço já assumiria o cargo, podendo ser o candidato natural à reeleição. Resta saber se ele conseguirá se consolidar até lá, e se Casagrande fechará ou não o mandato.
Mais do mesmo
Como esperado, a prestação de contas do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), foi um show de bajulação. Os questionamentos ficaram restritos à oposição – Karla Coser (PT), Vinícius Simões (PSB) e André Moreira (Psol) – e a claque, formada principalmente por lideranças comunitárias, fez bastante barulho da galeria da Câmara.
Mais do mesmo II
Para variar, também, o prefeito deixou várias perguntas sem respostas, como o abono não contemplar os servidores em Designação Temporária (DTs); o fim das eleições democráticas nas escolas; e se ele vai devolver os recursos “confiscados” dos aposentados, devido aos descontos de 14% da reforma da Previdência.
Alvo
Pazolini evitou o confronto direto com Karla Coser, a vereadora mais votada das eleições deste ano, e concentrou sua mira em Simões, não reeleito e contra quem tem litígios judiciais. Para desqualificar as falas do vereador, afirmou que ele tem três ou quatro condenações por “fake news”, segundo Pazolini, “um recorde no Brasil. Já Simões respondeu com acusação de perseguição.
No cargo
O ex-vereador da Serra Fábio Duarte já é deputado estadual. Ele foi empossado nessa sexta-feira (20), em cerimônia realizada na Presidência da Assembleia, com a presença de Marcelo Santos (União), Hudson Leal (Republicanos) e Alexandre Xambinho (Podemos).
Fora do cargo
Com sua chegada, sai Allan Ferreira (Podemos), resultado da ação judicial que anulou os votos do Partido da Mulher Brasileira (PMB), por fraude na cota de gênero, em 2022. Mas, como se sabe, é por pouquíssimo tempo. Allan retornará à Assembleia em 1º de janeiro, na vaga deixada pela saída de Lucas Scaramussa (Podemos), que assumirá a Prefeitura de Linhares, no norte do Estado.
Demorou, mas saiu
Como sinalizado e citado aqui na última coluna, Arnaldinho Borgo, na manhã desta segunda-feira (23), o abono dos servidores. O valor é de R$ 1 mil, sem pagamento diferenciado para os professores por meio do fundo específico, o Fundeb. Assim como Pazolini, ele também jogou o depósito para janeiro, dia 15. Ou seja, mais um abono natalino para depois do Natal.
Nas redes
“Recebendo o apoio dos amigos vereadores Flávio Pires [Agir], Renzo Mendes [PP] e Rogério Cardoso [Podemos]”. Osvaldo Maturano (PRD), candidato à Presidência da Câmara de Vila Velha, ampliando sua lista de votação, que já chega a 15 de 21 nomes ao todo.