Com linha de frente reduzida, Pazolini segue pelo interior, e Ferraço cola em Casagrande
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As andanças do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), consolidam o “trio eleitoral” formado por ele, o deputado federal Evair de Melo (PP), e seu secretário de Governo e correligionário, Erick Musso. Nesse domingo (9), eles circularam por Venda Nova do Imigrante e Vargem Alta, na região serrana, em mais uma investida de furar a bolha da Capital e rodar os municípios do interior o quanto antes, para demarcar território e tentar superar o grupo de Renato Casagrande (PSB) na disputa ao Palácio Anchieta. Ausências sentidas nesse bloco, agora, são do presidente reeleito da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União), e do presidente estadual do PP, deputado federal Da Vitória, que debandaram, até segunda ordem, para o lado de Casagrande, depois de se firmarem como principais cabos eleitorais de Pazolini nas eleições municipais de 2024. Enquanto isso…o vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), o primeiro da fila de sucessão, desfilou com Casagrande na reinauguração da Central Vitória da Igreja Adventista. Sorrisos, apertos de mão, aquela coisa toda, numa área de votos sempre cobiçada pela classe política. Ferraço tem a máquina estadual ao seu dispor e também marca presença em solenidades e inaugurações de obras e programa estaduais. Não vai faltar vitrine política até 2026, além de assumir postura cada vez mais ativa nas redes sociais. Ao contrário de Pazolini, porém, há tempos não se testa sozinho nas urnas, e a última vez amargou derrota. O jogo está aberto!
Amarrações
A estratégia do prefeito de Vitória é vendida como “Na estrada com Pazola”, e só vai se intensificar. O aliado Evair de Melo, vale lembrar, também é do PP, mas sempre se posicionou contra Casagrande. Como isso se dará mais adiante, pensando em futuras alianças partidárias, ainda veremos!
Amarrações II
O PP foi o principal partido do palanque de Pazolini e fez a vice, Cris Samorini. Mas, este ano, Da Vitória fechou alinhamento com o governador, ao indicar o novo secretário de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), Marcos Soares. Ele assumiu no lugar de Marcus Vicente, ex-presidente do PP no Estado, que perdeu espaço político e deve trocar de legenda.
Amarrações III
Em entrevista ao jornal A Tribuna nesse domingo, Ricardo Ferraço reiterou que “deseja muito ser governador”, de fato um projeto pessoal antigo dele, mas disse que também está disposto a apoiar outro nome do grupo, caso seja esse o desejo de Casagrande. Nesse ponto, os próximos da fila, por ora, são o ex-prefeito da Serra Sergio Vidigal (PDT) e o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos).
Chapas
Nos planos de 2026, também não é novidade, estarão em questão duas vagas ao Senado. Se Casagrande confirmar a candidatura, para assim encerrar sua carreira política, e Ferraço conseguir emplacar seu nome, já assume o governo em abril e pavimenta seu palanque, fechando a chapa. Evair de Melo, por sua vez, aparece como cotado na coligação de Pazolini, e vem mais gente por aí…
Acomodado
Vidigal, aliás, assume a Secretaria de Desenvolvimento nesta quinta-feira (12), pasta acumulada por Ferraço. O ex-prefeito saiu maior da disputa municipal, ao eleger seu pupilo e até então desconhecido da população, Weverson Meireles (PDT), e precisava ser acomodado para garantir visibilidade e se consolidar como um possível plano B de Casagrande. A pasta, como já citado aqui na coluna, é para lá de favorável nesse sentido.
Na onda
O embate político dos bonés, registrado no campo nacional após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, se reproduz na Câmara de Vitória. Na sessão desta segunda-feira (10), os dois vereadores do PL, Armandinho Fontoura e Darcio Bracarense, apareceram, respectivamente, com as seguintes frases: “Make America Great Again” e “O Brasil é uma ditadura”. Já a petista Karla Coser…
Na onda II
…usou o “O Brasil é dos brasileiros”, lançado no início deste mês por integrantes do governo Lula. Os bolsonaristas reagiram, acusando o boné de anti-Trump, e assim abriu-se a polêmica, que reverbera nos espaços de poder.
Cenas
Ainda na Câmara, o presidente, Anderson Goggi (PP), passou a sessão inteira chamando atenção para o Regimento Interno, que disse ter sido descumprido nas legislaturas passadas. Certa hora, chegou a cortar o microfone de Armandinho, que acusou “tolhimento”.
Nas redes
“Anunciamos R$ 635 milhões de investimento. Esse recurso será direcionado para a construção de novos Centros Odontológicos e Redes de Atenção Psicossocial, e conclusão de 108 Unidades Básicas de Saúde. Também teremos novas ambulâncias e veículos para transporte de pacientes, e instituímos o Centro Integrado de Comando e Controle das Arboviroses (…)”. Ex-deputado Tyago Hoffmann, do PSB, no centro da Secretaria de Saúde, mais uma mudança do governo Casagrande.