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Base de apoio ao governo Casagrande na Assembleia sobe para 19 deputados

PSD, PP, PT e Psol passaram a integrar bloco em meio à negociação por comissões

Ellen Campanharo/Ales

O bloco partidário de apoio ao governo estadual na Assembleia Legislativa ganhou o reforço de mais quatro partidos nesta quarta-feira (12): Partido Social Democrático (PSD), Progressistas (PP), Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Socialismo e Liberdade (Psol).

Com isso, a base governista chega a 19 deputados de nove partidos. O bloco já incluía o Partido Socialista Brasileiro (PSB) – sigla do governador Renato Casagrande –, Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Partido Democrático Trabalhista (PDT), Podemos e União Brasil.

“Nosso objetivo é o diálogo no fechamento das comissões e debates internos, mas a verdade, também, é que é necessário que o governo tenha tranquilidade na Casa, e um bloco que chega agora a 19 parlamentares, quase dois terços dos parlamentares, dá uma tranquilidade enorme ao governo Casagrande”, afirmou o novo líder do Governo, Vandinho Leite (PSDB), na sessão ordinária desta quarta-feira.

A expectativa é de que o novo arranjo possa facilitar para o governo o processo de composição das comissões permanentes. Uma reunião do Colégio de Líderes foi realizada nessa terça-feira (11), mas terminou sem o anúncio dos integrantes das comissões, e o presidente da Assembleia, Marcelo Santos (União), decidiu manter as composições atuais até que se chegue um consenso sobre vagas e tamanho dos colegiados.

Ao todo, a Assembleia conta com 18 comissões, e a ocupação das cadeiras é feita por cálculo proporcional. Garantir a presença nas comissões, seja por parte dos blocos de situação ou oposição, é essencial para o encaminhamento das votações. Para os deputados, individualmente, a presença nos colegiados lhes proporciona mais visibilidade em temas considerados importantes para os seus respectivos mandatos.

Dentre os partidos que passaram a integrar oficialmente o bloco governista, todos eles já possuem diálogo com o governo estadual, em maior ou menor medida. Vale destacar, no caso do PP, que a sigla foi contemplada em janeiro com uma troca de secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano: saiu Marcus Vicente e entrou Marcos Aurélio Soares, figura mais afinada com o presidente do Progressistas estadual, o deputado federal Da Vitória.

Em relação ao PSD estadual, um ponto importante é que a sigla deverá receber, em breve, a filiação do ex-governador Paulo Hartung, adversário político do governador Renato Casagrande.

Com a adesão dos novos partidos, o bloco de situação na Assembleia passou a ser composto pelos seguintes parlamentares: Dary Pagung, Janete de Sá e Toninho da Emater (PSB); Marcos Madureira, Raquel Lessa e Zé Preto (PP); Alexandre Xambinho e Allan Ferreira (Podemos); Mazinho dos Anjos e Vandinho Leite (PSDB); Bruno Resende, Deninho Silva e Marcelo Santos (União); Adilson Espindula e Gandini (PSD); Iriny Lopes e João Coser (PT); Camila Valadão (Psol); e José Esmeraldo (PDT).

Fábio Duarte na oposição?

Chamou a atenção um ofício do deputado Fábio Duarte (Rede), conforme consta no expediente da sessão ordinária da manhã desta quarta-feira, indicando que ele passaria a fazer parte do bloco de oposição, composto pelas siglas Partido Liberal (PL), Republicanos e Partido Renovação Democrática (PRD). Recém-empossado, após ação do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-ES) que resultou em recontagem de votos, Duarte vinha, até então, sendo considerado como alguém ligado ao governo estadual. Vale destacar que o seu partido, Rede Sustentabilidade, compõe uma federação com o Psol, o que, em tese, o obrigaria a tomar decisões em conjunto com Camila Valadão.

Apesar disso, a ida de Fábio Duarte para a oposição não se concretizou. Em contato com Século Diário, a assessoria do novo deputado informou que ele pretende “evitar polarizações” e manter a “neutralidade”, num momento em que ainda está se ambientando com a Assembleia. Nos bastidores, comenta-se que Duarte gostaria de presidir a Comissão de Saúde, hoje sob o comando do governista Bruno Resende, e chegou a avaliar que poderia ter o seu objetivo facilitado ao fechar com a oposição.

Fabio Duarte era aliado fiel do ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (PP) e chegou a disputar como seu sucessor a prefeitura em 2020, perdendo para Sérgio Vidigal (PDT) no segundo turno. Na disputa à Assembleia Legislativa, ficou como primeiro suplente da federação Psol/Rede, que elegeu Camila Valadão.

Nas eleições do ano passado, se empenhou em eleger a mulher, Andréia Duarte (PP) – a “Déia do Fabio -, vereadora da Serra. Depois da derrota inesperada de Audifax no primeiro turno, o casal passou a pedir votos para o campo adversário, do prefeito eleito, Weverson Meireles (PDT), afilhado político de Vidigal, que se tornou secretário estadual de Casagrande este ano.

Devido à filiação de sua esposa e de seu aliado Audifax Barcelos ao PP, Fábio Duarte chegou a ser erroneamente creditado como filiado ao Progressistas, mas ele se mantém na Rede Sustentabilidade.

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