terça-feira, abril 1, 2025
29.9 C
Vitória
terça-feira, abril 1, 2025
terça-feira, abril 1, 2025

Leia Também:

Enterrou de vez

Coronel Ramalho na Secretaria de Meio Ambiente de Vitória…o avesso do avesso

Redes Sociais

(Atualizado sexta-feira (28), às 12h10) Para arrepio de ambientalistas e movimentos sociais, a notícia que corria nos bastidores se confirmou: Coronel Ramalho – agora de saída do PL – será o novo secretário de Meio Ambiente de Vitória. Um acordo meramente político, que ameaça uma pasta essencial – pelo menos deveria ser – para lidar com os graves e crônicos problemas registrados na Capital, como a poluição do ar da Vale e ArcelorMittal e a falta de saneamento, isso só para citar dois, sem se prolongar muito. A secretaria, não é novidade, nunca foi prioridade do prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos), mas com essa medida, ele acaba de enterrá-la de vez, em nome dos acordos para 2026, quando tentará tirar o Palácio Anchieta das mãos do grupo do governador, Renato Casagrande (PSB). Coronel Ramalho é da área de Segurança, não tem nenhuma relação com o meio ambiente, mas nada disso tem peso, se ele está inserido no contexto das relações agora negociadas com lideranças e partidos políticos. O novo abrigo vem na esteira de sua derrota à Prefeitura de Vila Velha, quando não ofereceu qualquer ameaça à reeleição de Arnaldinho Borgo (de saída do Podemos). Foi em 2022, com os votos à Câmara dos Deputados, que ele se cacifou para a disputa municipal, inclusive em Vitória, onde esbarraria no novo aliado, mas recusou, apesar da insistência do seu ex-partido, o Podemos. A campanha canela-verde marcou a virada do coronel para oposição, após ser secretário de Casagrande. Sem cargo e holofote desde então, a estratégia é fazer da Secretaria de Meio Ambiente uma vitrine para Ramalho tentar chegar, novamente, à Câmara ou até mesmo à Assembleia Legislativa. Propaganda eleitoral às avessas? A conferir!

Sem aval

O convite a Ramalho foi feito por Pazolini e o secretário de Governo, Erick Musso, presidente estadual do Republicanos e responsável pelas articulações eleitorais, em encontro nessa quinta-feira (26). Ramalho disse que conversaria com a família e com o PL antes de bater o martelo. Mas, embora o partido do senador Magno Malta tenha iniciado aproximação com o Republicanos, não quer integrar a gestão em Vitória, como afirmou Ramalho. O coronel, então, aceitou assumir o cargo e, junto, anunciou sua saída do PL.

Da área

A pasta ambiental é ocupada, hoje, por um quadro técnico, Tarcísio José Föeger. A gestão dele, assim como em outros períodos – foi presidente do Iema e superintendente do Ibama – também teve suas falhas e questões. Mas é uma pessoa da área. Ponto.

Rambo capixaba II

Na semana passada, uma fala do vereador Armandinho Fontoura (PL) durante debate na Câmara de Vitória, expôs uma demanda em defesa da nomeação de Ramalho para a Segurança Pública. Ele fez a crítica de que a atuação de Amarilio Luiz Boni “não está a contento” e “nada melhor do que um caveira”. Faria mais sentido, mesmo.

Caiu de paraquedas

O movimento na direção de Ramalho é o mesmo feito com a ex-deputada federal Soraya Manato (PP), que assumiu a Assistência Social, também distante de sua trajetória política e até com contradições em relação a bandeiras bolsonaristas. Da mesma forma, saiu um quadro técnico, a cientista social Cintya Silva Schulz.

Missão complexa

No caso de Soraya, o acordo foi costurado com seu marido, Carlos Manato (PL), que foi ao segundo turno com Casagrande em 2022. Ele vai atuar com cabo eleitoral de Pazolini e almeja conseguir entrar na chapa em uma das duas vagas ao Senado. Acontece que o campo está congestionado…

Missão complexa II

…e Manato, além de estar na planície, precisaria trocar de partido, já que está sem espaço no PL, após rompimento com Magno. Soraya, por sua vez, vai ser candidata à Câmara dos Deputados novamente – ela concorreu em 2022 pelo PTB, e perdeu.

Sigilo

Um pagamento extra que pode ultrapassar R$ 10 mil aos conselheiros e procuradores do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES) foi parar na imprensa nacional. O valor, segundo a Folha de S.Paulo, equivale a cerca de 30% dos salários, e o órgão colocou os processos administrativos para a concessão desses penduricalhos sob sigilo.

Sigilo II

A decisão é do fim de janeiro e determina que os membros do TCES têm direito a uma indenização equivalente a dez dias de trabalho por “acúmulo de acervo” (volume excessivo de processos). O novo pagamento, explica a Folha, tem como critério verificar se o total de processos recebidos no ano foi igual ou superior a 50% da média dos três anos anteriores.

Sigilo III

Os salários no Tribunal variam de R$ 36 mil a R$ 42 mil. A Folha informa que o presidente do órgão, Domingos Augusto Taufner, recebeu pagamento de R$ 92,8 mil no mês passado, e em todos os contracheques dos últimos 12 meses, vencimentos superiores ao teto do funcionalismo público, que atualmente é R$ 46,3 mil. Durma com esse barulho…

Nas redes

“Esculhambação! O prefeito delegado entregou a Secretaria de Meio Ambiente ao coronel!! E a Assistência Social? Caiu no colo de quem nem é da área. Total desrespeito às políticas públicas e aos direitos da população! E aquele papo de campanha eleitoral de competência e experiência? Vitória merece ser governada com seriedade, não com troca de favores”. Camila Valadão, deputada estadual pelo Psol.

FALE COM A COLUNA: [email protected]

Mais Lidas