Na Saúde, acordo entre Bruno e Fábio Duarte. Já Cooperativismo ficou com a oposição

Com mais de dois meses de atraso, estão instituídas as 18 comissões permanentes da Assembleia Legislativa. As composições foram lidas pelo presidente, Marcelo Santos (União), no início da sessão ordinária desta segunda-feira (7), encerrando o impasse que perdurou por todo esse tempo nas negociações e prejudicou o andamento dos trabalhos da Casa. Um dos pontos de divergência prolongada, o colegiado de Saúde acabou em acordo entre os dois pretendentes ao comando: o presidente, Dr. Bruno Resende (União), e o recém-chegado à Assembleia, Fábio Duarte (Rede). A cadeira permanece com Bruno e Fábio virou o vice-presidente. No Cooperativismo, o outro nó da questão, Allan Ferreira (Podemos), que é da base do governador Renato Casagrande (PSB), perdeu o posto para um deputado da oposição, Wellington Callegari (PL), e ficou como membro efetivo. Após o anúncio dos nomes, a única queixa veio de Fabrício Gandini (PSD), que continua à frente do colegiado de Meio Ambiente, mas ficou de fora do de Educação, onde, segundo ele, “pediu tanto” para permanecer. Marcelo Santos respondeu que Gandini fez isso com “o caminhão chegando no posto”, mas que iria fazer um ajuste de renúncia. Fim da novela, agora o ano começa para valer na Assembleia, né?
Dá liga?
Também sobre o colegiado de Educação, a escolha da Presidência chama atenção. Foi entregue a Marcos Madureira (PP), que retornou à Casa como suplente de Theodorico Ferraço (PP), atual prefeito de Cachoeiro de Itapemirim. Madureira mal aparece em plenário e não tem marca de mandato atrelado a essa bandeira, tão essencial no Estado. A conferir!
Tudo de novo
No mais, como falado aqui na semana passada, a maioria das comissões segue nas mesmas mãos, mudando apenas algumas posições nas composições. Muitas delas, repito, exigiam mudanças! O que cada presidente fará dessas vitrines políticas até 2026, ano de eleições, logo saberemos.
Saiu do ‘armário político’
O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), que passou os últimos anos sem assumir de fato seu lado bolsonarista, usou as redes sociais para se posicionar em favor da anistia, atual bandeira prioritária dos parlamentares e seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Saiu do ‘armário político’ II
Palavras dele: “Quando a desproporção das penas revela mais sobre a intenção do julgador do que sobre a gravidade do crime, é o próprio sistema jurídico que entra em julgamento”. Diz o prefeito que é “anistia humanitária, pela pacificação do Brasil”.
Mais um aceno
A nota publicada por Pazolini vem na esteira de conversas com o PL, do senador Magno Malta, atrás de uma aliança para sua candidatura ao Palácio Anchieta em 2026 contra o grupo do governador Renato Casagrande. O prefeito entrou em campo com antecedência e tem realizado incontáveis reuniões políticas para pavimentar seu terreno.
Mais um aceno II
Um dos encontros mais recentes foi com Callegari, citado lá em cima, que está entre os nomes do PL cotados à disputa ao Senado. São duas vagas em jogo, e Callegari vai brigar pelo palanque com a filha de Magno, Maguinha Malta, e com o deputado federal Gilvan da Federal.
Nova rodada
Outro postulante ao cargo, como se sabe, é o deputado federal Evair de Melo (PP), também bolsonarista, mas de outro grupo. Ele e Pazolini cumprem agenda no anterior e voltaram a se reunir nesta segunda, junto ainda com o presidente estadual do Republicanos, Erick Musso. Caso não encontre lugar no PP, que está hoje com Casagrande, Evair deve mudar de legenda.
‘Rambo Verde’
Ainda sobre o prefeito e a aliança com o PL, o Coronel Ramalho saiu da Secretaria de Segurança, mas a Secretaria de Segurança não sai dele. Ramalho assumiu já levou a pose de “Rambo Capixaba” para a Secretaria de Meio Ambiente de Vitória, junto com os vídeos midiáticos de sempre. Também para não perder o costume, tudo devidamente espalhado nas redes sociais.
Espaços
Em Vargem Alta, no sul do Estado, a vereadora Eliane Turini vai assumir a presidência do PSB, no lugar de Manoel Damartini. Eliane já está há 10 anos no partido de Casagrande, que elegeu três dos atuais 11 vereadores –os outro são Dijalma da Farmacinha e Ikinho. Ela é apontada como um nome que pode aparecer na disputa à Assembleia em 2026, e à prefeitura, em 2028.
Nas redes
“(…) esse é o verdadeiro espírito público que nós precisamos ter, de não fazer política perseguindo as pessoas, sob o olhar da desconfiança, da chantagem e da pressão. Precisamos fazer política dialogando, conversando, construindo, mas não em torno de um beneficio próprio, para que possamos construir em favor da coletividade. Por isso que Vitória, sob liderança de Pazolini, tem sido uma luz no fim do túnel para o Estado e o Brasil (…)”. Erick Musso, em campanha para 2026.