Júnior de Gromogol e Reginaldo Quinta são cotados para eleição suplementar

Presidente Kennedy, município do litoral do sul do Estado, deverá ter uma eleição suplementar para decidir quem será o novo prefeito. Entretanto, o recurso de Dorlei Fontão (PSB) contra a anulação de sua candidatura segue aguardando julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Enquanto isso, os possíveis candidatos tentam ganhar força para a disputa que provavelmente virá.
O ex-prefeito Reginaldo Quinta (PSD) já não esconde mais de ninguém que pretende se candidatar. Nos últimos dias, ele fez postagens nas redes sociais mostrando a certidão do TSE que o libera para a disputa, além de “cobrar” celeridade da Justiça Eleitoral. Ele também tem rodado pelos “quatro cantos de Kennedy”, segundo uma fonte ligada aos meios políticos locais.
No último dia 22 de fevereiro, Quinta realizou um grande festa de aniversário de 69 anos, com outdoor de divulgação na cidade e ônibus para transportar moradores até o local. Diversas lideranças políticas capixabas circularam pela festa. Entre os que posaram para fotos, estiveram Renzo Vasconcelos (PSD), prefeito de Colatina, no noroeste do Estado, e colega de partido de Reginaldo Quinta; e Bruno Resende (União), deputado estadual do sul do Espírito Santo.
Nas eleições de 2024, Reginaldo Quinta teve que largar a candidatura a prefeito, mas o prazo de inelegibilidade já venceu, segundo ele. Na ocasião, quem se candidatou em seu lugar foi Aluizio Corrêa (União), que agora poderá se tornar vice na chapa dele novamente.
No campo de situação, a candidatura colocada até o momento é a do prefeito interino Fabio Feliciano de Oliveira, o Júnior de Gromogol (PSB), presidente da Câmara de Vereadores. Ex-secretário de Agricultura na gestão de Dorlei Fontão, Júnior também já anunciou que pretende se candidatar na eventual eleição suplementar.
Entretanto, o anúncio não teria sido combinado com Fontão nem caído tão bem em seu grupo, segundo informações de bastidores. Também há indícios de deserções na base do ex-prefeito Dorlei na Câmara de Vereadores, situação da qual Reginaldo Quinta tentará tirar proveito.
Situação de Dorlei
Dorlei Fontão era vice-prefeito em 2019, quando assumiu a chefia do executivo municipal após o afastamento judicial de Amanda Quinta, e foi reeleito em 2020. Entretanto, o prefeito alega que não se tratou de um mandato autônomo, e sim de uma mera substituição, e se candidatou novamente em 2024, recebendo a maioria dos votos.
Ainda assim, o ministro Nunes Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concordou com entendimento que já havia sido estabelecido nas decisões judiciais anteriores sobre o caso, de que a substituição de Dorlei Fontão da prefeita cassada Amanda Quinta configurou um mandato autônomo. Dessa forma, caso permanecesse na prefeitura de 2025 a 2028, cumpriria o terceiro mandato consecutivo, o que é vedado pela legislação brasileira.
Fontão ainda recorre da decisão, mas se o entendimento sobre a situação não mudar, uma eleição suplementar precisará ser convocada.