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‘Pernas’ eleitorais

Com anúncio do Podemos e sinais do PP, Pazolini pode acabar, mesmo, com trinca de aliança

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A festa política promovida pelo Podemos para declarar apoio antecipado ao palanque do vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), à sucessão de 2026, afasta mais um partido do bloco de oposição, do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos). A legenda de Gilson Daniel era cobiçada pelo presidente estadual do Republicanos, Erick Musso, dentro da missão de fechar uma frente ampla de direita e centro direita nas próximas eleições, e chegou a ser considerada, nos bastidores, uma possibilidade real, devido à parceria de 2024 nos municípios e aos movimentos registrados por lideranças nos últimos meses. O enredo, porém, parou por aí, como sacramentou o encontro de sexta-feira (11) com a presença de prefeitos e vices do Podemos, e muito confete eleitoral em cima de Ferraço. O anúncio se soma a declarações feitas pelo deputado federal Da Vitória, que comanda o PP, outra sigla que segue na mira de Erick e foi a principal perna da candidatura de Pazolini no ano passado. Da Vitória tem sinalizado planos eleitorais no campo de Casagrande, como uma candidatura ao Senado, o que cria um cenário adverso para o também deputado federal Evair de Melo, oposição declarada ao governador e que deseja o mesmo cargo, porém, na chapa de Pazolini. O tabuleiro atual mantém no radar, por ora, a trinca inicial formada por Republicanos, PL e PSD – considerando os partidos de peso. Desse lado, ao que tudo indica, a mesa de negociação tem avançado. Mas, sempre bom lembrar: o caminho ainda é longo e, em política, piscou, tudo pode mudar.

Do último ao primeiro

Gilson Daniel, que há pouco tempo falava que a decisão do Podemos sobre 2026 estava em aberto e que só iria debater o pleito mais tarde, mudou rápido de opinião. Palavras dele no encontro: “Nós queremos ser o primeiro partido a dizer, Ricardo Ferraço, conte conosco”; “o Estado não pode andar para trás”; “nós vamos defender o legado”; “nosso movimento nunca mudou um passo”; e “temos lado”.

Gás eleitoral

Para o projeto de Ferraço, a entrada do Podemos, junto com prefeitos e vices eleitos, coloca gás em sua empreitada para tentar se consolidar como o candidato palaciano. O Podemos, hoje, tem 10 prefeitos – perdeu, recentemente, Arnaldinho Borgo, de Vila Velha –, 12 vices e 125 vereadores. Saiu grande, portanto, das últimas eleições.

Capítulos anteriores

Os ruídos da relação de Gilson Daniel com Casagrande ecoaram desde as mudanças no primeiro escalão do governo. O deputado se colocou como nome para assumir uma pasta, mas foi vetado, para impedir a subida de Coronel Ramalho (PL), primeiro suplente. Ninguém assumiu a cota. O presidente do Podemos também sentou-se à mesa com Erick e Pazolini, além de empregar seu irmão na Prefeitura de Vitória. Gilson, até segunda ordem, será candidato à reeleição.

Mais tempo

No PT, o Processo de Eleição Direta (PED), que no Estado, como já analisado na coluna, está mais nas internas, adiou os prazos para inscrições de chapas. Agora pulou para o mês de maio – inscrição de chapas e candidaturas municipais até o dia 2, e estaduais até o dia 9. As datas eram, respectivamente, 12 e 28 de abril.

Mais tempo II

A alegação da Nacional é a necessidade de tempo para que as direções municipais atuem para garantir o processo de votação e as condições técnicas para realização do pleito. Por aqui, seguem candidatos à Presidência Estadual a atual ocupante do cargo, Jack Rocha, e o deputado estadual João Coser. Mas, repito: há blocos que buscam o consenso.

Anti-Gilvan

A Câmara de Vitória aprovou, nesta segunda-feira (14), uma moção de repúdio à fala do deputado federal Gilvan da Federal (PL), que desejou a morte do presidente Lula na semana passada. A proposta é de autoria da vereadora petista Karla Coser e registrou somente quatro votos favoráveis. É que o plenário não estava cheio e teve gente que se absteve.

Anti-Gilvan II

Além de Karla, votaram a favor Ana Paula Rocha (Psol), Professor Jocelino (PT) e Pedro Trés (PSB). Os bolsonaristas Armandinho Fontoura (PL), Dárcio Bracarense (PL) e Davi Esmael (Republicanos) se posicionaram contrários, e André Brandino (Podemos), Baiano do Salão (Podemos) e Mara Maroca (Progressistas) não votaram. Placar 4×3.

Anti-Gilvan III

A declaração de Gilvan foi feita durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. “Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar o cara, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos (…)”. O discurso rendeu anúncio de investigação pela Advocacia Geral da União (AGU). Um dia depois, Gilvan disse que “exagerou” e pediu desculpas em plenário.

Nas redes

“Almoço com Erick Musso e Léo Camargo [ex-vereador, candidato derrotado à Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim e cotado à Assembleia Legislativa]”. Callegari, deputado estadual e cotado ao Senado em 2026, em mais uma rodada de conversas entre o PL e o Republicanos.

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