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‘O Senado vai ter um pai e uma filha sentados juntos’

Magno Malta coloca a filha, Maguinha, como prioridade da disputa de 2026

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“Deus vai fazer uma coisa inédita: o Senado vai ter um pai e uma filha sentados juntos no mesmo lugar. Se ela for eleita, com a graça de Deus, eu vou ficar quatro anos junto com ela, e aí eu pretendo, realmente, que ela dê continuidade. Ela tem coragem, tem disposição, tem preparo, foi talhada”.

A fala é do senador Magno Malta (PL), conforme vídeo publicado nas redes sociais após atividade realizada em Guarapari, na região metropolitana do Estado. Ao seu lado estava Maguinha Malta (PL), filha mais velha e a escolhida para assumir seu legado, como ele mesmo coloca.

O desejo de Magno de colocar a filha para disputar as eleições de 2026 já era conhecido, conforme destacado na coluna Socieconômicas, de Século Diário, no último dia 31 de março. No entanto, embora o PL tenha outros nomes na fila para o Senado, Magno a coloca cada vez mais como prioridade na disputa. Gilvan da Federal (PL), que já havia sido inclusive lançado como pré-candidato pelo próprio Magno, tem sinalizado recuo e agora tende a buscar a reeleição para a Câmara dos Deputados. Por outro lado, o deputado estadual Callegari (PL) já está com pré-campanha na rua.

Atualmente, a tendência é que o Partido Liberal (PL) se junte ao Republicanos em 2026 em torno de um bloco de oposição nas eleições. Dentro desse cenário, é bastante improvável haver dois candidatos do PL ao Senado. Ou seja, entre Maguinha e Callegari, alguém terá que recuar.

Callegari tem se reunido com figuras da direita, como Erick Musso, presidente do Republicanos e secretário de Governo na gestão de Vitória do pré-candidato a governador Lorenzo Pazolini. Certamente, acordos visando sua pré-candidatura têm entrado na pauta.

Magno Malta, por sua vez, é quem manda no PL capixaba, tornando mais difícil pensar em um recuo da sua parte. Uma alternativa seria Callegari migrar para o Republicanos ou outro partido do bloco governista. Resta esperar para ver qual será a próxima novidade dessa antecipada pré-campanha eleitoral no Espírito Santo.

Congestionamento de candidaturas

O número de pré-candidatos para as duas vagas do Espírito Santo no Senado no ano que vem já se acumula. Do campo da direita, outra figura apontada é a do deputado federal Evair de Melo (PP), que seria o preferido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entretanto, seu partido está, atualmente, no bloco do governador Renato Casagrande (PSB).

O deputado estadual Sérgio Meneguelli (Republicanos), ex-prefeito de Colatina (noroeste do Estado), também está com campanha na rua. Meneguelli já queria ter se candidatado a senador em 2022, mas foi barrado pelo seu partido. Agora, está disposto a mudar de sigla se for necessário, tendo recebido um convite do presidente estadual do Partido Social Democrático (PSD), Renzo Vasconcellos, atual prefeito colatinense.

O PSD tem outro nome de peso cotado para a disputa ao Senado: o ex-governador Paulo Hartung, que estaria a caminho do partido, enquanto ensaia uma volta ao jogo político capixaba. Entretanto, Hartung, apesar de ser apontado como um dos favoritos em pesquisas de intenção de voto, não é afeito a disputas acirradas, e também tem o costume de alimentar especulações para depois voltar atrás.

Quem também pretende se candidatar ao Senado é Carlos Manato, que conseguiu levarar a disputa para governador em 2022 para o segundo turno, mas depois caiu em desgraça com Magno Malta. Para se viabilizar, precisa de outro partido. Sua esposa, a ex-deputada federal Soraya Manato (PP), compõe atualmente o secretariado de Pazolini em Vitória.

Da frente ampla governista, governador Renato Casagrande (PSB) é, sem dúvida nenhuma, a figura com maior capital político. Se o cenário não se modificar, a tendência é de que Casagrande deixe o cargo em 2026 com uma gestão bem avaliada pela população, cacifando-o para ser o mais votado ao Senado. O plano é deixar o governo para o vice, Ricardo Ferraço (MDB), que não esconde o objetivo de se eleger governador.

Entre os cotados para compor a chapa com Casagrande está o deputado federal Da Vitória, presidente estadual do Progressistas e reconduzido à liderança da bancada federal capixaba pelo sétimo ano seguido. Outro que diz sonhar com uma candidatura a senador é o experiente Enivaldo dos Anjos (PSB), prefeito reeleito de Barra de São Francisco, no noroeste do Estado, e ex-deputado estadual.

Os dois senadores capixabas que precisarão se candidatar à reeleição vão ter vida dura na disputa. Fabiano Contarato (PT) é acusado de “estelionato eleitoral” pela direita, ao escancarar seu perfil progressista quando assumiu a cadeira.

Marcos do Val (Podemos) fez o caminho inverso: elegeu-se com apoio de Casagrande e depois mostrou sua simpatia pela extrema direita. Nas redes sociais, tem feito postagens obscuras. Em uma delas, chegou a pedir intervenção dos Estados Unidos no Brasil. Em outra, mais recente, postou texto em tom de despedida, falando em pessoas que torceriam por sua morte. Apesar disso, tem manifestado o desejo de tentar se reeleger.

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