Nesta segunda-feira (30) chegam ao Espírito Santo 135 médicos cubanos que vão atuar na segunda etapa do programa Mais Médicos, do governo federal. A vinda dos médicos foi viabilizada por um acordo entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Os profissionais vão ser recepcionados pelo secretário de Gestão da Educação e do Trabalho em Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales.
Em todo o País, cerca de dois mil profissionais devem ser recepcionados até o fim da semana. Na próxima segunda-feira (7) os médicos iniciam as três semanas do módulo de avaliação, com aulas sobre Saúde Pública e Língua Portuguesa. Após este período, eles seguem para os municípios onde vão atuar.
Em entrevista dada a Seculo Diário na última semana, o presidente da Associação dos Municípios do Estado (Amunes), Dalton Perim, que também é prefeito de Venda Nova do Imigrante, na região serrana, ressaltou a importância do envio de médicos – brasileiros ou estrangeiros – para o interior do Estado. Ele salientou que é preciso trabalhar com o que se tem e que se a solução para colocar efetivamente em funcionamento a atenção básica à saúde for a vinda de médicos estrangeiros, esta é uma solução adequada.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) orientou aos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) que emitissem os registros provisórios dos médicos com diplomas de instituições de ensino estrangeiras, desde que não haja inconsistências e que a documentação esteja completa. Ainda assim, o CRM-ES optou por não emitir o registro até que exista apreciação de ações civis públicas impetradas pela entidade contra o governo federal.
Assim como os médicos com diploma do exterior que se inscreveram individualmente, os cubanos que vêm pelo acordo com a Opas não precisam passar pela Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior (Revalida) e, por isso, devem ter registro provisório por três anos para atuar na atenção básica e com validade restrita ao local para onde forem designados.
Na primeira fase do programa três médicos com diplomas estrangeiros foram designados para trabalhar no Estado. Mesmo com a orientação do CFM, os registros provisórios do capixaba formado na Bolívia, Sandro Alberto da Cunha; e dos espanhóis Juan Rubio e Javier Oliva não foram emitidos e eles ainda estão impedidos de atuar.