No julgamento do dissídio coletivo dos rodoviários e empresários do setor, nesta quarta-feira (10), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) determinou um reajuste de 3% aos trabalhadores.
O percentual proposto pelo Ministério Público do Trabalho, pouco acima da inflação medida pelo IPCA (2,95%), foi aceito pelo relator do dissídio, José Luiz Serafini. Ao proferir seus votos, a maioria dos presentes acompanhou o relator. Dez dos 12 desembargadores participaram de sessão.
O índice de reajuste é linear, ou seja, vale também para o tíquete alimentação e plano de saúde. Por unanimidade, os desembargadores também decidiram pelo pagamento integral do período de greve. Tampouco poderão exigir compensação para as horas não trabalhadas
No processo de negociação, as empresas de ônibus ofereciam 1,83% de reajuste. Já os rodoviários queriam um ganho real de 5%, além de reposição de salariais (5,21%) referentes a 2017. O presidente do TRT-ES, Mário Ribeiro Cantarino Neto, considerou razoável a decisão do Pleno e lembrou que ainda pode haver recurso por parte das empresas.
O aumento de salário determinado incidirá sobre R$ 2.164,48, salário do motorista, e R$ 1.125,58, salario do cobrador. A jornada diária tanto do motorista como do cobrador é de 7h20 minutos. A categoria dos rodoviários tem 12 mil trabalhadores entre motoristas e cobradores, que trabalham em 12 empresas na Grande Vitória.
A sentença normativa proferida pelo Tribunal terá validade por um ano, contada a partir de 1º de novembro de 2017.
Passagem
Os usuários dos ônibus na Grande Vitória das linhas do Transcol e das linhas municipais devem se preparar para o aumento das passagens. A passagem do Transcol custa hoje R$ 3,20 e deverá passar pelo menos para R$ 3,30.
Até esta quarta-feira, o Conselho Gestor do Sistema de Transportes Públicos Urbanos de Passageiros da Região Metropolitana da Grande Vitória (CGTran/GV) não havia sido marcado para a reunião que definirá o índice do aumento das passagens.