Embora não haja dados oficiais sobre o número de ciclistas no Espírito Santo, as ruas nos dizem que eles aumentaram expressivamente nos últimos anos. Basta observá-las. Ainda assim, o ciclista ainda não entrou oficialmente na pauta dos governos estadual e municipal. Nem falamos de mais ciclovias: falamos, antes, de ações que consolidem o ciclista como elemento do trânsito.
Demanda antiga de ciclistas e cicloativistas capixabas, e que vem sendo repetida especialmente nos últimos anos, são campanhas de educação de trânsito com foco no ciclista e sinalização eficiente. Vitória, por exemplo, fechou o ano com a fundamental implantação da ciclovia das Docas, no Centro. Mas o desconectado sistema cicloviário da cidade ainda força o ciclista a disputar a rua com os carros, que ainda imperam nas vias públicas.
Daí a necessidade das campanhas e da sinalização. Mesmo com o crescimento a olhos vistos de ciclistas nas ruas, a cada ano a bike se consolidando como modal alternativo de transporte no Espírito Santo, nem estado, nem prefeitura realizaram projetos consistentes para orientação e convívio respeitoso entre pedestres, ciclistas e motoristas.
Lançado há um ano, o Mapa das Ciclorrotas da Grande Vitória ainda não saiu do papel. Suporte para a locomoção mais segura dos ciclistas, ele apresenta uma seleção das ciclorrotas mais adequadas para as bicicletas na região, oferecendo ainda um mapeamento das ciclovias e ciclofaixas e de paraciclos. Ciclorrotas são itinerários seguros para o deslocamento via bike onde não haja pistas específicas para bicicleta.
Mas a sinalização vertical e horizontal, ação de responsabilidade das prefeituras, uma vez que a gestão do trânsito é de âmbito municipal, ainda não se efetivaram. É o complemento que falta às ciclorrotas: se estruturadas, poderiam garantir a viagem despreocupada dos ciclistas pela região metropolitana, corrigindo a malha cicloviária precária.