O Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol) deixou a categoria sob aviso: em pouco tempo, convocará uma assembleia geral da classe para deliberar no mínimo por uma paralisação de alguns dias. A razão do ato é a mesa de negociação montada há cerca de cinco meses com a Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), que até agora não trouxe nenhum resultado concreto para os trabalhadores.
A pauta em discussão é a progressão automática da carreira, que já foi dada neste ano aos policiais militares e servidores da Secretaria de Estado da Saúde. Segundo o presidente do Sindipol, Jorge Emílio Leal, a categoria foi esquecida neste processo. “A nossa paciência está se esgotando”, afirma ele.
A última reunião de negociação, realizada nessa quinta-feira (8), também não resultou em resultados satisfatórios para a categoria. Leal diz que a possibilidade de greve não está descartada. “Estamos tentando negociar, mas o governo só nos dá essa possibilidade”.
Para o investigador, o governo estadual não quer dar a promoção e por isso enrola os policiais civis. “A Seger já tem o projeto do governo pronto, muda o posicionamento a cada reunião e não respeita os acordos feitos”, afirma Leal. A tentativa, para o sindicato, é deixar para resolver os pontos de gargalo do processo em discussão o mais próximo possível do recesso parlamentar, o que faria com que a resolução fosse tomada de forma rápida e com pouca discussão.