Vereador, que fez campanha com a bandeira da “renovação”, obteve 69% dos votos, mais que o dobro do prefeito
Max, que em 2018 foi considerado forte cotado ao governo do Estado e ainda era considerado liderança importante para o jogo de 2022, começou a campanha com um palanque competitivo, conseguindo agregar o PSB, do governador Renato Casagrande, o PP, DEM, DC e PSC. Ele apostou na mesma composição de 2016, com seu aliado Jorge Carreta (PP) na vice, e no discurso de obras. Mas, nas três últimas semanas, passou a perder aceitação no eleitorado, sem conseguir reverter o cenário.
Já Arnaldinho, que há anos pavimentava a candidatura à prefeitura, disputou com chapa puro-sangue, com Dr. Victor Linhalis, e aliança com o PTC e Solidariedade. Ele deixou o MDB por não conseguir se viabilizar, filiando-se ao Podemos, do prefeito de Viana e presidente da Associação dos Municípios do Estado (Amunes), Gilson Daniel.
Com a bandeira da “renovação” e contra a “velha política”, o prefeito eleito rompeu a polarização entre Max e o ex-prefeito Neucimar Fraga (PSD) no primeiro turno, chegando na frente em clima de virada, já que passou o início da campanha aparecendo em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais.
Se a disputa entre Max e Neucimar, conhecidos adversários, vinha mais discreta na primeira fase da disputa, na atual o tom ganhou novos contornos, de acirramento, troca de acusações, denúncias de fake news e ações judiciais, o que acabou favorecendo Arnaldinho. Ele também herdou votos de Neucimar, que declarou apoio ao vereador após sua derrota.
Ainda na véspera da votação, nesse sábado (28), Max falava em “velhas figuras ligadas ao crime organizado no Espírito Santo engajadas na campanha do outro candidato”.
Arnaldinho avançou na reta final do primeiro turno e terminou na frente dos dois, com 36% (73.122 votos), enquanto Max passou para segunda fase com 22,91%, deixando Neucimar para trás, com 19,31%. Desde então, o vereador manteve uma ritmo acelerado de crescimento, garantindo a vitória nas urnas.
