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Aquaviário: arquiteto cobra projeto urbano de pontos de embarque

Projeto não é apresentado na consulta pública aberta pelo governo, aponta Karlos da Vitória Rupf, do BR Cidades

A ausência do projeto do entorno urbano dos quatro pontos de embarque do sistema aquaviário é apontada pelo arquiteto e urbanista e integrante do BR Cidades, Karlos da Vitória Rupf, no que diz respeito à consulta pública online de apresentação do Relatório de Controle Ambiental, realizada até o próximo dia três de setembro. A consulta, aberta nessa sexta-feira (20) pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), faz parte do processo de licenciamento ambiental para o Projeto do Sistema Aquaviário, antiga demanda no Estado.

Essa iniciativa prevê a construção de quatro pontos de embarque na baía de Vitória: Praça do Papa e Centro, em Vitória; Prainha, em Vila Velha; e Porto de Santana, em Cariacica. Karlos destaca que o aquaviário será um ponto de atratividade, de saída e chegada de pessoas, portanto, é preciso deixar claras questões que dizem respeito ao projeto urbanístico, como arborização e passeio público.

“Na beira-mar, por exemplo, não pode ser uma calçada de um metro e meio de largura em um lugar que podem desembarcar umas 200 pessoas”, diz. Ainda sobre a estação do Centro de Vitória, Karlos sugere que se reveja o fato de que ela avança um pouco na calçada, o que pode dificultar ainda mais a circulação de pedestres e ciclistas, situação que já ocorre em virtude da ausência de ciclovia.

Na estação da Prainha, o arquiteto ressalta que seu posicionamento não é muito adequado, uma vez que divide a areia da praia, dificultando o caminhar das pessoas nesse espaço. Um dos questionamentos do integrante do BR Cidades é sobre o porquê de não ser aproveitada a estrutura do antigo aquaviário nessa região. Outra situação que chamou atenção, segundo ele, é de que não há nos desenhos técnicos informações sobre interligação dos modais.

Karlos salienta ainda que foi apresentado um projeto pronto para ser avaliado, em vez de haver uma construção coletiva. Ele defende que, para isso, deveria ter sido criado um grupo técnico com arquitetos e urbanistas, pesquisadores e integrantes da sociedade civil. O integrante do BR Cidades explica que isso é estabelecido pelo Estatuto da Metrópole quando se trata de projetos que extrapolam os limites dos municípios.

Ele também destaca que as áreas de embarque e desembarque dos terminais não têm cobertura, deixando as pessoas expostas à chuva.

O retorno do aquaviário, desativado desde a década de 90, foi anunciado pelo governador Renato Casagrande (PSB) em janeiro deste ano, ao apresentar o edital de contratação para a construção dos quatro pontos de parada do sistema.

A consulta pública é realizada pelo site do Iema, onde as pessoas podem dar sugestões por meio de formulário on-line. A gestão estadual informa que as obras estão contratadas e devem ser iniciadas nos pontos de embarque de Cariacica e de Vila Velha, após a finalização das etapas do licenciamento.

Posteriormente, dois outros pontos também serão construídos, em Vitória. O prazo para a construção de cada píer será de seis a oito meses. O valor de investimento será de cerca de R$ 1,5 milhão para cada uma das estações.

Os pontos de embarque e desembarque vão contar com estrutura onde os passageiros vão aguardar a embarcação. Para o acesso aos barcos, haverá uma interligação, tipo ponte, que será coberta para o conforto de quem usar o aquaviário, como afirma o governo.

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