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Asilo clandestino em Itapemirim é interditado e responsável é indiciada

Denúncia partiu da unidade de saúde local. Polícia deve decretar prisão preventiva da indiciada em breve

Divulgação

Um asilo clandestino foi interditado em Itapemirim, no sul do Estado, nesta quinta-feira (19), e sua responsável foi indiciada. A ação foi empreendida pela Delegacia Regional de Itapemirim, em conjunto com a Prefeitura Municipal, que iniciaram o processo de remoção dos internos para suas famílias e instituições regularizadas de assistência.

O delegado regional, Djalma Pereira Lemos, afirma que os idosos cujas famílias não foram identificadas, serão encaminhados para a Clínica Recanto, em Cachoeiro de Itapemirim. “Ela é regularizada e confiável e a prefeitura já tem um convênio com ela”. Já as pessoas não idosas que estão internadas precisarão ser encaminhadas pela Secretaria Municipal de Assistência social para instituições igualmente regularizadas. 

Segundo a Prefeitura, dez pessoas já haviam sido encaminhadas para casa de familiares, nos municípios de Castelo, Venda Nova do Imigrante, Cachoeiro de Itapemirim, Brejetuba e Vargem Alta. Duas pessoas com deficiência mental seriam internadas até que as famílias sejam localizadas e uma mulher que estava com duas crianças no espaço do asilo clandestino foi liberada.

A delegacia e a prefeitura informam que a casa contava com doze internos, entre idosos, dependentes químicos e pessoas com problemas psiquiátricos, sendo onze homens e uma mulher) e que não havia nenhum tipo de autorização para funcionamento de abrigo.

“O local não contava com serviços médicos, enfermaria, cozinheira, segurança. Inclusive oferecia risco, por ter escada”, descreveu o delegado Djalma Lemos. Além disso, prossegue, estavam no local uma mulher que se identificou como filha de uma interna, e duas crianças, de dois e sete anos, que, segundo depoimento, estavam visitando a mãe, vindas do Rio de Janeiro.

Divulgação

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“No local foram encontrados muitos medicamentos, inclusive fora de suas embalagens, e sem a devida descrição de nome, dosagem, validade, e na cozinha tinha comida insuficiente para o número de pessoas que residia na casa”, relatou.

O delegado ressalta ainda que, de acordo com depoimentos prestados por familiares dos internos, a responsável pelo abrigo ficava com os cartões de benefícios e aposentadorias dos idosos e, ainda assim, cobrava valores extras periodicamente, alegando necessidade de compras de remédios. “Ela fazia um tipo de extorsão”, afirma a autoridade policial.

Denúncia

O caso chegou ao conhecimento da polícia e da prefeitura por meio de denúncia feita pela unidade de saúde próxima ao imóvel. Numa primeira visita, feita na segunda-feira (16), a proprietária do abrigo clandestino informou que havia alugado a casa para veraneio e não deixou a equipe entrar.

Logo após, mediante informações da unidade de saúde, a equipe voltou ao local e conseguiu constatar as irregularidades. “Muito importante que as pessoas façam denúncias como essa, para nos ajudar a enfrentar os crimes”, ressaltou o delegado.

Prisão preventiva

Djalma Lemos acredita que a prisão preventiva da responsável será decretada em juízo nos próximos dias. E, assim que a Delegacia receber os laudos da Vigilância Sanitária, da Saúde e da Assistência Social, será possível tipificar sua conduta, podendo ser definidas as punições a serem aplicadas.

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