Obra foi tema de audiência pública realizada na Praça Nilze Mendes pelo mandato do vereador André Moreira
Está marcada para o dia 12 de agosto, uma reunião entre a Associação Comunitária de Jardim Camburi (ACJAC) e o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), para tratar da obra do Mergulhão de Jardim Camburi, em Vitória. A intermediação do MPES foi uma solicitação da entidade, por meio de um ofício em que cobra conhecer o projeto, uma vez que a gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos) não dialogou com a comunidade, deixando muitas dúvidas nos moradores.
O presidente da ACJAC, Bruno Malias, destaca que a comunidade tem preocupação com o futuro do bairro. “Qual Jardim Camburi que a gente quer para o futuro? Essa discussão passa muito pelo presente. A gente está vivendo esse momento do Mergulhão, tem um bairro que continua crescendo, é o maior bairro do Espírito Santo. Fico muito preocupado para onde a gente está indo, quais são os caminhos”, ressalta.
Bruno informa que há uma estação de tratamento da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan) na avenida Norte Sul que sairá dali para Carapina, na Serra. A proposta dos moradores de Jardim Camburi, afirma, é de que no lugar da estação seja feito um parque linear, além de defenderem a criação de ciclovias. “Ninguém aqui é contra o desenvolvimento, o crescimento, mas queremos crescimento sustentável”, salienta.
A preocupação com o futuro foi um alerta dado durante a audiência pública realizada pelo mandato do vereador André Moreira (Psol) nessa quinta-feira (18), da qual participaram também os vereadores Karla Coser (PT) e Vinícius Simões (PSB), além da deputada estadual Camila Valadão (Psol). Representantes das secretarias municipais de Obras e de Trânsito foram convidados para que pudessem apresentar o projeto à comunidade, mas não compareceram.
Durante a audiência, uma técnica convidada pelo mandato de André Moreira levou a reflexão sobre o tipo de trânsito que se quer na região: de passagem, com tráfego intenso, como tudo indica que será o Mergulhão, ou ordenado, com possibilidade de uso de ciclovia e construção de áreas verdes? Isso porque uma das preocupações da comunidade é o fato de o Mergulhão parecer ser um indutor de trânsito para a Avenida Dante Michelini, com possibilidade de piora no tráfego, com mais circulação de carros.
A ordem de serviço do Mergulhão foi assinada no dia 2 de julho, na Praça da Bocha. A obra custará até R$ 92,2 milhões, com duração de 30 meses, executada pela empresa Zurich Airport Brasil. A Prefeitura de Vitória alega que a iniciativa vai eliminar a retenção de veículos no cruzamento da rodovia Norte-Sul com a avenida Dante Michelini.

Vereador de Vitória convoca audiência pública sobre o Mergulhão
https://www.seculodiario.com.br/cidades/vereador-convoca-para-audiencia-publica-sobre-o-mergulhao

Associação aciona MPES por audiência pública sobre Mergulhão de Camburi
