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Atos isolados de vandalismo não representam a intenção dos manifestantes”, disse Pedro Valls

O presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), desembargador Pedro Valls Feu Rosa, classificou a manifestação desta quinta-feira (20), que levou mais de 100 mil às ruas de Vitória, como um legítimo exercício de cidadania. 
 
Conforme havia se comprometido na véspera do protesto, o presidente do Tribunal recebeu a pauta de reivindicações das mãos dos manifestantes. Logo após se reunir com os representantes do movimento, nas escadarias do Tribunal, um grupo de cerca de 50 baderneiros iniciou um ataque ao prédio do TJES, que teve parte de sua fachada destruída. 
 
Segundo funcionários do TJ, os próprios manifestantes contrários improvisaram um cordão de isolamento para proteger a integridade física do desembargador, que conseguiu chegar à garagem do prédio e se recolher em seu gabinete. 
 
Os baderneiros ainda conseguiram atirar garrafas de água no desembargador, num ato de hostilidade ao titular da Corte. A situação só foi controlada com a intervenção da polícia. 
 
Apesar da ação truculenta do grupo isolado, minutos depois do episódio, o presidente do TJES, por meio de nota, reafirmou seu apoio ao protesto. Ele destacou a importância do ato desta quinta-feira que clama por um novo pacto republicano. Pedro Valls disse que recebeu o grupo porque a voz das ruas merece o máximo respeito por parte das autoridades constituídas. Ele acrescentou ainda que esse deve ser o dever do Tribunal de Justiça, “colocar-se à disposição da sociedade na busca por um país mais justo”.
 
 
O presidente destacou ainda o “notável espírito público demonstrado ao longo das manifestações. Sobre os ataques ao TJES, o desembargador ressaltou que não é cabível qualquer manifestação de caráter individual. E acrescentou: “que seja este, belo em seu caráter anônimo, unicamente um augusto momento de exercício de cidadania”. 
 
Para o presidente do Tribunal, os atos isolados de vandalismo não representam a intenção dos manifestantes. “A eles, nossa solidariedade”, pediu. 

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