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​Atraso salarial motiva paralisação dos rodoviários na Serra e em Vila Velha

Trabalhadores do Transcol apontam também atraso no ticket, no FGTS e no INSS. Ônibus já voltaram a circular

Os rodoviários paralisaram os ônibus dos Sistema Transcol que circulam na Serra e em Vila Velha na manhã desta segunda-feira (20). O motivo, aponta o diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Espírito Santo (Sindirodoviários), Miguel Leite, foi o atraso salarial dos trabalhadores da viação Metropolitana, que sofrem também com o atraso no pagamento dos tickets, do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e da contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Miguel informa que, embora o atraso seja somente na viação Metropolitana, que opera em Vila Velha, também foram paralisados até às 7h os ônibus das viações Serrana, Santa Paula e Serramar, da Serra; e Vereda e Praia Sol, de Vila Velha. “Essas viações fazem parte do mesmo consórcio e a gente entende que o consórcio é responsável”, defende o dirigente sindical.

O diretor do Sindirodoviários afirma que os cobradores convivem com atraso de quatro meses no ticket alimentação, o que totaliza um valor de cerca de R$ 3 mil. No caso dos motoristas, o atraso é de dois meses.

Outro problema, aponta Miguel, é que a empresa, desde maio de 2020, quando os cobradores foram afastados de suas funções, não paga os 30% do salário que são de sua responsabilidade, uma vez que a Medida Provisória (MP) 936/2020 estabelece que 70% cabe ao governo federal e o restante ao empregador.

Tanto motoristas quanto cobradores, destaca o diretor do Sindirodoviários, não têm o FGTS depositado há mais de seis anos. A contribuição ao INSS, diz Miguel, também não vem sendo feita, mas ele não soube informar o tempo de atraso.

O dirigente sindical afirma que, mesmo com a paralisação, os trabalhadores não foram procurados pela empresa para abertura de diálogo e que a categoria irá se reunir para traçar os próximos passos da mobilização.

A última manifestação dos trabalhadores por causa de atraso salarial foi em 14 de abril, motivada também pelo atraso no pagamento dos salários e do ticket alimentação nas viações Metropolitana e Tabuazeiro. Na ocasião, as empresas alegaram não ter receita para arcar com os custos. O não pagamento do FGTS, do plano de saúde e o desconto da contribuição sindical dos filiados ao Sindirodoviários, mas sem repasse do montante para a entidade, também motivaram o protesto.

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