A Câmara de Vitória homologou os membros da CPI dos Táxis, que vai investigar possíveis irregularidades nos contratos de permissão dos táxis da Capital capixaba. São titulares da comissão os vereadores Serjão Magalhães (PTB), Reinaldo Bolão (PT) e Devanir Ferreira (PRB). Na próxima terça-feira (19) os membros devem realizar uma votação interna para definição da presidência e relatoria da CPI.
O serviço de táxi na Capital provoca suspeições já nas ruas, onde é possível verificar que o trabalho é realizado em maioria absoluta pelos defensores. Série de reportagens de Século Diário publicou uma série de reportagens sobre o serviço, apontando possíveis fraudes nos contratos de permissão e mostrando que é pouco plausível que um grupo restrito comanda segundo as próprias vontades frotas particulares de táxi de 60 veículos, cujo faturamento soma pelo menos R$ 300 mil por mês.
Frotas montadas à margem da lei, já que esta permite apenas uma placa por pessoa, constituídas por compra ou sublocação de placas e, ainda, procuração de permissões. Há fortes indícios de que a organização do mercado do táxi em Vitória ultrapassa os grandes permissionários e donos de placa, chega à Secretaria de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana (Setran) e atinge o líder do governo Luciano Rezende (PPS) na Câmara, Rogerinho Pinheiro (PHS).
As possíveis fraudes também atingem o ex-secretário de Transportes, vereador Max da Mata (PDT), em cujo período no comando da pasta a recente licitação para novas placas de táxi foi elaborada. A licitação entrou na mira da CPI da Máfia dos Guinchos, na Assembleia Legislativa
A dos Guinchos também iniciou investigações sobre concessões de táxi, no entanto com foco na Grande Vitória. Na última segunda-feira (11), a comissão ouviu a gerente de Vistoria e Fiscalização de Transporte da Secretaria de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana (Setran), Adriana Sossai, que não conseguiu elucidar o conjunto de suspeições que cercam o serviço na capital e indicam que a secretaria resguarda o lucrativo mercado de táxi da cidade.
A CPI da Máfia dos Guinchos vai requerer no Tribunal de Contas do Estado (TCE-ES) a suspensão da licitação que distribuiu 108 placas de táxi em Vitória.