Nas últimas 24h, também foram registrados desalojados em Mimoso do Sul e danos a outros municípios, como Nova Venécia
Somente nas últimas 24 horas, as chuvas deixaram 1,2 mil desalojados e 194 desabrigados em São Mateus, norte do Estado, conforme consta no Boletim Extraordinário da Defesa Civil da manhã desta terça-feira (20). Há quatro desalojados em Mimoso do Sul, no sul, que estão abrigados em uma escola. O número de desalojados em Pedro Canário, no norte, continua 17, o mesmo do Boletim dessa segunda-feira (19). O de desabrigados em Água Doce do Norte, na mesma região, também continua o mesmo, ou seja, dois.
A gestão de Daniel da Açaí (sem partido) informa que, com o apoio do governo, o município está entregando cestas básicas, água, colchões e kit higiene às famílias atingidas, cadastrando no programa Cartão Reconstrução, da gestão estadual, e em programas sociais municipais. Até essa segunda-feira, o número de pessoas atingidas pelas chuvas atendidas pela prefeitura havia chegado a 2,6 mil. Nesse mesmo dia, houve o rompimento de uma barragem próximo 381, no Km 70.
Ainda em São Mateus, conforme publicado pela Eco101 nas redes sociais nessa segunda-feira, as chuvas causaram uma erosão no km 71,5, fazendo com que o trecho entre o km 70 e o 73 fosse interditado. A concessionária afirma que foi dado início às intervenções no local para a construção de um desvio provisório para ambos sentidos, com previsão de liberação para a próxima segunda-feira (26). Essa será a alternativa até que a obra original seja concluída, daqui a dois meses.
Nova Venécia, no norte, também foi bastante atingida pelas chuvas. De acordo com o Boletim Extraordinário da Defesa Civil, o rio Cricaré ultrapassou a cota de inundação; houve queda de barreiras e árvores na Rodovia do Café que, liga Nova Venécia a São Gabriel da Palha; rompimento de barragens no Córrego Perdido, ainda sem informações de vítimas; e transbordamento de água no Córrego da Serra.
A integrante da direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Eliandra Fernandes, informa que, apesar das fortes chuvas no município, o acampamento Ondina Dias não alagou, mas as lonas dos barracos rasgaram. Por isso, o Movimento buscará diálogo com a gestão municipal. “Lona é o mínimo que a prefeitura pode doar”, destaca. A situação nos acampamentos de Linhares e Aracruz continua a mesma desde as chuvas do início de dezembro, quando lavouras foram perdidas e também bens materiais.