terça-feira, novembro 26, 2024
23.3 C
Vitória
terça-feira, novembro 26, 2024
terça-feira, novembro 26, 2024

Leia Também:

Cicloativistas lamentam extinção sem diálogo da proposta de ciclovia na 3ª Ponte

A proposta de construção da ciclovia na Terceira Ponte nasceu antes nas ruas que em gabinetes. Carrega um DNA popular muito forte. Não à toa o cancelamento do edital de estudo para construção da ciclovia, publicado no Diário Oficial dessa quinta-feira (11), causou estranheza nos grupos de ciclistas e cicloativistas que conceberam e promoveram a proposta.
 
Detinha Son, do grupo Ciclista Urbanos Capixabas (CUC), destaca que a ideia foi fruto de um processo democrático. “Poderiam ter chamado quem fez a proposta para conversar e buscar alternativas”, diz. Para ela, é incongruente que um governo que se diz “moderno e progressista”, e que pode minimizar impactos de meio ambiente e mobilidade, tenha cancelado a licitação.
 
Até virar edital, publicado em setembro de 2014, a proposta de construção de ciclovia na Terceira Ponte passou por um longo período de gestação. Começou com pedaladas e bicicletadas pela ponte para cobrar projetos cicloviários no local. Após as Jornadas de Junho de 2013, a ideia ganhou consistência e virou a proposta de iniciativa popular mais votada e se tornou prioridade para o Orçamento 2015.   
 
O então governador Renato Casagrande (PSB) recebeu ciclistas e cicloativistas em reunião no Palácio Anchieta e se comprometeu a contratar projeto de viabilidade e engenharia para a implantação de uma ciclovia na ponte. 
 
O professor da rede estadual Fernando Braga, cicloativista e membro da União dos Ciclistas do Brasil (UCB), foi duro: “Isso é prática comum do modelo de gestão dele”, diz, referindo-se ao governador Paulo Hartung (PMDB).
 
Braga articula com movimentos sociais um ato para cobrar ações de mobilidade juntando a questão cicloviária e o retorno do projeto do Sistema Aquaviário – também cancelado pelo governo Hartung, em janeiro de 2015. “A gente não pode ficar à mercê de um modal só. Ninguém quer se sujeitar ao Transcol”, critica. 
 
Para ele, a Grande Vitória tem uma situação muito favorável para a retomada do transporte Aquaviário em função das distâncias curtas entre os pontos de embarque e desembarque em Vila Velha, Vitória e Cariacica. Por outro lado, continua Braga, o governo estadual sinaliza a priorização de obras de logística, como o Contorno do Mestre Álvaro e o Corredor Leste-Oeste.

Mais Lidas