Presidente municipal do partido, Vinícius Simões, critica falta de projetos e aponta “elitização” dos espaços públicos
O presidente do Cidadania de Vitória, ex-vereador Vinícius Simões, apontou, nesta quinta-feira (21), “a falta de cuidado e responsabilidade” do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) com a Companhia de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da Prefeitura de Vitória (CDTIV). Com essa declaração, ele explica a ação na Justiça protocolada por seu partido, no último dia 19, contestando a permanência na presidência da empresa do suplente de vereador Evandro Figueiredo Boldrine (Republicanos).
Evandro também é objeto de uma ação popular de autoria do empresário Lauro Nunes Júnior, com o mesmo questionamento, e ainda sobre a veracidade da informação de ter curso superior incompleto, citada também na ação do partido Cidadania. Essa ação envolve Evandro e a CDVIT, classificando-os como réus, por não preencherem os requisitos legais e manter a situação inalterada, pedindo a exoneração do diretor-presidente.
Procurado, Evandro Figueiredo não retornou o contato. Ele é um dos auxiliares do prefeito Lorenzo Pazolini. Em 2018, foi demitido da Secretaria de Estado de Esportes (Sesport) por ser investigado pela Polícia Federal por divulgar notícias falsas no site O Capixabão. Ele era assessor especial nível IV, ref. QCE-03, com salário de R$ 5 mil por mês, atuando na assessoria de comunicação do órgão.
Na justificativa, os dois questionamentos na Justiça apontam que Evandro “exerce destacada atuação politica partidária no município de Vitória, tendo ocupado, a partir do ano de 2019, cargo na direção municipal do PDT de vitória (…)”, e ainda que ele participou do pleito eleitoral de novembro de 2020, na condição a vereador na chapa do prefeito eleito de Vitória Lorenzo Pazolini, porém saiu derrotado”.
O descumprimento dessa norma, segundo Vinícius Simões, que já presidiu a Câmara de Vereadores de Vitória e é pré-candidato a deputado federal, demonstra que quem comanda a “empresa está proibido pela legislação, e só isso já demonstra a falta de cuidado e responsabilidade do prefeito”. Ele acrescenta que “um ano e meio se passou e não há nenhum projeto significativo para a cidade de Vitória e sua população”.
As críticas do presidente do Cidadania não param por aí: “O que parece é que há um “programa de governo” para a elitização dos espaços públicos da cidade, como, por exemplo, a orla de Vitória. Outra coisa é o sucateamento do serviço público municipal de saúde”, enfatiza, dizendo que a ação na Justiça surge “antes tarde do que nunca, não é? Ele ficaria mais dois anos e meio em um posto que em que não pode ficar”.