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Codesa fará seminário em Minas Gerais para atrair mais negócios para o Porto

 

A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) organizou uma comitiva para se reunir nesta quarta-feira (28), em Belo Horizonte, com o objetivo de atrair negócios para o Porto de Vitória. O encontro será realizado através do Seminário Espírito Santo: A Plataforma Logística de Minas Gerais e vai na contramão do pleito popular de aumentar ainda mais o movimento de cargas no Porto de Vitória. 

 

A Codesa conta como apoio do  Governo do Estado, prefeituras e segmentos empresariais e Secretaria de Portos (SEP), que integram a comitiva capixaba, que terá como missão apresentar o complexo portuário local, sua logística e facilidades fiscais, mostrando as oportunidades comerciais.

 

 “Vamos apresentar o novo Porto de Vitória para os exportadores e importadores mineiros. Nosso objetivo é aumentar a movimentação portuária com os nossos vizinhos”, destaca Eduardo Prata, superintendente geral da Codesa.

 

Estão previstas para a região projetos que estão sendo executados e que serão apresentados ao empresariado mineiro: com a dragagem de aprofundamento que permitira que o porto receba navios com 12,5m de calado contra os atuais 10m e o alargamento do canal com retirada de  rochas.
Além disso, o porto contará com sinalização náutica que permitirá a navegação noturna.

 

“As embarcações passarão a operar com 70 mil toneladas, o dobro da capacidade atual; haverá aumento do calado nos Cais de Vitória e de Capuaba; ampliação dos berços 101 e 102 e expansão da área de armazenagem; há novos berços em licitação; estão previstas as reformas nos pátios dos berços 201 e 202; a duplicação da Estrada de Capuaba, e a melhoria no acesso ao Cais Comercial de Vitória”, divulgou a Codesa. 

 

O que não foi divulgado ainda, é quais serão os investimentos capazes de minimizar o impacto que este crescimento irá gerar à região. 

 

Para alguns moradores do centro ampliação da retroárea e a continuidade do processo de ampliação do porto  representam a derrota de alternativas como a de um convênio entre o Porto de Vitória e o Porto de Tubarão, que está expandindo e é próprio para receber grandes embarcações, deixando assim espaço para o reaproveitamento alternativo do Porto de Vitória. 

 

Segundo o médico naturalista, Marco Ortiz, a área deveria ser dedicada a embarcações turísticas e culturais, em acordo com a proposta de revitalizar o Centro de Vitória.

 

Além da retroárea, que já não tem para onde crescer, defendem os ambientalistas, somam-se as atividades impactantes da região e a ampliação dos 23 mil m² de indústria anunciados pela Flexibrás, empresa que fez aterro e construiu um enroncamento para a área aterrada, desequilibrando o meio ambiente.

 

A informação é que tanto a dragagem quanto o aumento da retroárea são considerados uma “faca de dois gumes”, visto que a logística do porto está esgotada há anos, e, portanto, não comportará, mesmo após as obras, a movimentação comercial que se pretende.

 

Marco Ortiz chegou a ressaltar durante o processo de licenciamento ambiental para as obras de dragagem do Porto de Vitória, que dragar o porto seria como dar morfina a um doente terminal. “Isso porque há a impossibilidade de expandir a retroárea. A calagem é restrita e os acessos ao porto, comprometidos pelo natural adensamento urbano da área metropolitana, pioram ainda mais a situação”.

 

Já para os mineiros, a Codesa irá divulgar os R$ 500 milhões previstos de repasse pelo PAC 1 e 2 para o Porto nos próximos anos.

 

A iniciativa do Porto de Vitória, que tem a participação do Governo capixaba, diz a Codesa, é busca diminuir o impacto na economia do Espírito Santo com o fim do Fundap, a partir de 2013. O vice-governador Givaldo Vieira, secretários de Estado, e o presidente do Porto de Vitória, Clovis Lascosque, acompanharão a comitiva capixaba em Belo Horizonte. 

 

O seminário será realizado no Salão do Boulevard Plaza Hotel, das 17 às 21h, e reunirá vários segmentos empresarias de Minas Gerais, principalmente do ramo importador e exportador.  
 
 
 

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