Medida atinge trabalhadores do grupo de risco, que estão em home office devido à pandemia do coronavírus
Os trabalhadores da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) que estão em home office por pertenceram ao grupo de risco para a Covid-19 não receberão mais o adicional de insalubridade, conforme comunicado feito nessa segunda-feira (13). O presidente do Sindicato Unificado da Orla Portuária do Espírito Santo (Suport-ES), Ernani Pereira Pinto, afirma que a entidade, por meio de sua assessoria jurídica, estuda meios de reverter a decisão na Justiça.
O comunicado da Codesa aponta que os trabalhadores que não mais receberão o benefício são as gestantes, os que têm idade igual ou superior a 60 anos, que retornaram de viagem internacional há menos de 15 dias, que estejam com sintomas de Covid-19, acompanhantes de filhos ou parentes com necessidade de cuidados especiais, além dos que têm doenças crônicas. São essas pessoas que integram o grupo de risco mencionado no Plano de Contingência de Prevenção e Enfrentamento à Pandemia, criado pela companhia.
Ele relata que, com o arquivamento, o sindicato manifestou interesse na audiência de conciliação, mas não obteve êxito, pois o MPT afirmou que “a possibilidade de realização da audiência de mediação foi levantada apenas ‘com o fito de prestigiar o debate’, como forma de demonstrar que esta Procuradoria está sempre aberta à promoção do diálogo entre empregados e empregadores. O que não significa que o parquet anuiria com a ‘pauta’ apresentada”.
Nessa terça-feira (14), a senadora Rose de Freitas (Podemos) se reuniu com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, para tratar do processo. Segundo ele, uma consulta pública está prevista para acontecer em outubro deste ano e o leilão para o primeiro semestre de 2021. Esta será a primeira privatização de um porto no Brasil.