Uma vigília pacífica e lúdica começou às 13 horas desta quarta-feira (24), em frente ao Ministério Público Estadual (MPES), em Vitória. O ato, organizado por manifestantes do “Movimento não é por 0,20 centavos, é por direitos ES” tem o objetivo de garantir a soltura de três companheiros que continuam presos no Centro de Triagem de Viana. “Sabemos que o MP dará o parecer sobre os três casos”, anunciam os manifestantes. Eles cobram uma reunião com procurador geral do Estado, Eder Pontes.
“O povo capixaba vem presenciando a violenta repressão policial nas manifestações que pedem fim ao pedágio na Terceira ponte. Na última sexta feira, 19 de julho, houve 69 detidos. Conseguimos com que muitos fossem soltos, mas ainda restam três companheiros no centro de Triagem de Viana. Faremos uma vigília para a saída dessas três pessoas e contra a criminalização dos movimentos sociais”, afirmam os manifestantes.
A vigília foi aprovada em assembleia realizada nesta quarta-feira (24), onde também foi demandada uma reunião com o procurador geral do Estado, Eder Pontes e uma comissão formada por manifestantes e os familiares dos últimos presos.
A promessa, segundo Alessandro Chakal que informou o órgão sobre a vigília, é que a promotora Isabela de Deus, dirigente do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Caoa), irá avisar o procurador do estado, Eder Pontes, que a vigília é pacífica e articular o encontro entre as partes ainda para esta quarta-feira (24).
Ao todo cerca pouco mais de 50 pessoas confirmaram a presença na vigília e se encaminham para frente do MPES em horários alternados para garantir o ato.
Repúdio
O “Movimento não é por 20 centavos, e por direitos ES” divulgou nesta segunda-feira (22) uma nota de repúdio contra a criminalização,por parte do governo do Estado, das manifestações do ultimo dia 19. A nota denunciou o que foi classificado como desrespeito, injustiça e violação dos Direitos Humanos por parte da polícia e do Estado, que através de uma ação truculenta prendeu 69 pessoas na última sexta (19).
''Entre os detidos estavam menores de idade, jornalistas e trabalhadores uniformizados que apenas retornavam as suas casas'', afirmou o movimento. Segundo eles, as pessoas foram presas apenas por filmarem o ato, por portar vinagre, usar máscaras ou simplesmente exercer seu direito de estar na rua após o ato.
De acordo com o movimento, os presos foram levados para fazer corpo e delito e posteriormente encaminhados para o sistema de triagem do Presídio de Viana. Só no sábado (20) à noite as pessoas começaram a ser liberadas, mas ainda restam três pessoas presas.