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​Comunidade de Anchieta cobra respostas para descaso com parque infantil

Falta de infraestrutura e segurança foi denunciada à prefeitura em agosto; local tem até bois e vacas

Foto Leitor

A Associação Comunitária do Bairro Benevente (ACBB), de Anchieta, no litoral sul do Espírito Santo, encaminhou uma notificação à prefeitura, em agosto, sobre a falta de infraestrutura de uma área de recreação infantil, e até o momento não recebeu nenhuma resposta. Os brinquedos foram instalados no local sem a preparação adequada do terreno, apresentando diversos riscos para as crianças. Animais, como bois e vacas, também são presenças constantes no espaço.

Em maio deste ano, a entidade direcionou um abaixo-assinado com mais de 300 adesões ao prefeito Fabrício Petri (PSB), solicitando a desapropriação de terrenos públicos para a instalação de praças e áreas de convivência em Benevente. Em junho, a Secretaria Municipal de Esporte e Juventude instalou uma área de recreação em um terreno em frente à avenida Romario Batista, onde no passado havia projeto para erguer uma creche e estava inutilizado.

Entretanto, a Secretaria Municipal de Infraestrutura não realizou os serviços de adequação estrutural. O playground está localizado em um terreno sob uma pedra com aterro, e apresenta um perigoso barranco de aproximadamente três metros de altura em relação à movimentada avenida Romario Batista.

O local também carece de limpeza e iluminação, de acordo com os moradores. Ainda assim, na falta de opção de espaços de convivência, famílias continuam utilizando o terreno. Em dias de chuva, animais, que são presença constante no bairro, buscam se refugiar utilizando os brinquedos como cobertura.

O ofício direcionado à Secretaria Municipal de Infraestrutura sobre a situação, assinado pelo presidente da ACBB, João Simas, ressalta que lazer também é um direito das crianças e adolescentes e cobra providências em um período de trinta dias.

“Diante das evidentes ‘negligência’ constatadas, é responsabilidade do município, em proteção à criança e ao adolescente, tomar as medidas necessárias para adequar o terreno, proporcionando segurança, direito ao lazer e convivência comunitária saudável e justa aos nossos pequeninos”, destaca o documento.

Três meses depois de encaminhado, o documento não encontrou resposta. Inclusive, ele chegou a ser remetido à Gerência de Fiscalização da Prefeitura, que o devolveu à Secretaria Municipal de Infraestrutura.

“Não é a primeira vez que são remetidos processos desta Secretaria a nossa Gerência de forma desordeira, o que nos parece ser uma simples questão de querer livrar-se do problema (processo) sem tomar conhecimento de fato para onde deveria o mesmo ser tramitado”, diz um despacho interno de agosto da Prefeitura de Anchieta, a que Século Diário teve acesso.

“As crianças brincavam na rua, então esse playground, que já estava sendo instalado em outros lugares da cidade, era muito bem-vindo. Entretanto, esperávamos que cumprissem a promessa de fazer a adequação do local, para que a gente oferecesse um lugar digno para as crianças, e não aquela indignidade que estamos vendo”, protesta João Simas.

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