De acordo com os autos, a proprietária, Elaine Bermond Viana, se deslocava com as filhas, de 3 e 4 anos, de Vila Velha para Vitória no início de novembro deste ano quando percebeu que a filha de 3 anos havia conseguido se soltar da cadeirinha e em seguida abriu uma das portas traseiras do veiculo quando passavam pelo vão central da Terceira Ponte, a aproximadamente 80 km/h.
Neste momento, Elaine freou e conseguiu segurar a filha por uma das pernas, evitando que a criança caísse no asfalto. A freada repentina quase provocou outro acidente envolvendo os outros veículos que trafegavam pela via.
Ao chegar em casa, depois de pedir ajuda a outros motoristas, já que estava em choque, Elaine, foi verificar o travamento das portas,que evitam que elas sejam abertas por dentro, e constatou que o sistema pode ser facilmente manipulado por crianças e por outras pessoas, já que não tem travamento fixo mecânico, podendo ser facilmente desarmado. Neste caso, o sistema foi desarmado acidentalmente durante a lavagem do veículo, o que é considerado pela autora uma fragilidade, já que o sistema foi desarmado sem que a pessoa que fazia a limpeza não percebeu que a trava tinha sido mudada de posição.
Depois do ocorrido, Elaine entrou em contato com o fabricante do veículo, que não considerou que o sistema é defeituoso e que encaminharia o caso para a área de produto para analisar o caso.
Com a negativa, ela entrou com ação contra a fabricante e a concessionária requerendo a substituição do veículo por outros comercializados pela empresa, com sistema de travamento de portas traseiras eficiente. Além disso, Elaine pede que a Toyota realize um recall para substituir ou corrigir o sistema de travamento de portas traseiras da linha Etios por oferecer risco permanente aos consumidores, evitando acidentes e risco para clientes.
Por se tratar de risco que atinge a coletividade, a ação também solicita a intimação do Ministério Público Estadual como parte interessada e responsável para assegurar direitos coletivos dos consumidores no processo.