Ciclistas e cicloativistas se reúnem na próxima sexta-feira (26), em Vitória, para pedalar pela cidade e pedir mais segurança no trânsito para quem trocou o carro pela bicicleta. Organizada pelo grupo Bicicletada Vitória, a Bicicletada Maio Amarelo é um evento para alertar sobre os acidentes e mortes no trânsito, como fazem as campanhas de Maio Amarelo organizadas por estado e prefeituras.
O problema é que essas campanhas pouco focalizam as aflições do ciclista, especialmente em uma região com deficiente infraestrutura cicloviária como a Grande Vitória. As intervenções em frente às sedes da Prefeitura de Vitória, em Bento Ferreira, e da Assembleia Legislativa, na Enseada do Suá, são sintomáticas nesse sentido, ao mostra carros esmagados. O foco, ali, é o motorista de carro.
Na Grande Vitória, ciclistas e cicloativistas criticam a falta de uma rede cicloviária na região, motivo pelo qual acabam sendo forçados a disputar espaço com os carros nas ruas. Daí para um acidente fatal é um pulo. Por isso, reivindicam também a implantação de programas de redução de velocidade dos carros, seja no interior dos bairros, seja nas principais vias.
A Bicicletada Vitória é o mesmo grupo que realiza intervenções em trechos da capital que alertam para a insegurança cicloviárias. Nas mais recentes, o grupo fez a demarcação de ciclofaixas na movimentada Avenida Maruípe e no viaduto em frente ao campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A prefeitura limitou-se a apagá-las.
A concentração será às 18h, na Avenida César Hilal, na rotatória em frente à Unimed. A escolha do local é simbólica: é próxima de onde ocorreu a fatalidade que vitimou a cicloativista Detinha Son. A Bicicletada vai instalar no local uma “Bicicleta Fantasma” para lembrar a cicloativista. O trajeto da Bicicletada será definido no local.