domingo, setembro 22, 2024
21 C
Vitória
domingo, setembro 22, 2024
domingo, setembro 22, 2024

Leia Também:

CPI dos Guinchos ouve prefeito de Guarapari Orly Gomes

Na última sessão da CPI da Máfia dos Guinchos, na Assembleia Legislativa, o presidente da Associação dos Taxistas e Defensores do Centro de Guarapari Paulo Benevenuto traçou um cenário suspeito sobre a licitação de táxi em Guarapari. Falou em leilão de placas, perseguição e até ameaças de morte. O conjunto de fatos motivou a convocação do prefeito do município, Orly Gomes (DEM), para depor. 
 
Além do prefeito, também serão ouvidos o secretário municipal de fiscalização, Danilo Bastos Porto, o ex-presidente da comissão de licitação, Otávio Júnior Rodrigues Postay, e o taxista Álvaro Soares.
 
Benevenuto afirmou que a licitação serviria a um esquema de venda de placas para financiar campanhas eleitorais no município nas eleições deste ano. O representante dos taxistas explicou que, em sentença de 2012, a Justiça estadual determinou a revogação de todas as autorizações e a realização de licitação para novas permissões em Guarapari, após denúncia alegando que as concessões no município não eram resultado de concorrência. Motoristas com décadas de praça perderam a autorização da noite para o dia.
 
Os taxistas, no entanto, não foram notificados da decisão. Benevenuto denunciou ainda que um parente de vereador do município integrava a mesa de abertura de envelopes e estava corrigindo os documentos na própria mesa. A seguir, explicou o “leilão de placas”: elas seriam vendidas para financiar campanhas eleitorais. Segundo ele, o preço de uma placa de táxi de Guarapari vai de R$ 25 mil a R$ 30 mil. 
 
Os taxistas entraram com recurso junto ao município, no Ministério Público Estadual (MPES) e no Tribunal de Contas do Estado (TCE). O município negou provimento aos questionamentos e o MPES ainda não apreciou o caso. Já a Corte de Contas se pronunciou e de modo favorável aos taxistas, com recomendação de que o município não homologue o certame até a conclusão da apuração das denúncias de irregularidades.
 
Benevenuto disse ainda que sofre perseguição da prefeitura e que recebeu ameaças de morte. A CPI pediu proteção policial para o taxista.

Mais Lidas