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Crea-ES só avaliará risco em terminal do Transcol em outubro

Os usuários do Transcol no Terminal de Jardim América, Cariacica, só saberão no mês que vem se correm risco de vida face a problemas registrados na estrutura. É que o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) informou que o órgão só irá se manifestar sobre as inspeções aos terminais do Transcol no final de todas as vistorias.

O Crea-ES está fiscalizando os terminais após convenio que firmou com a Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa (Ales). E a comissão divulgou um calendário de visitas dos deputados, acompanhados dos engenheiros do Crea-ES, que prevê a presença do grupo no Terminal de Jardim América só no dia 10 de outubro, às 14 horas.

O Crea-ES informou nessa quarta-feira (5) que a manifestação do grupo de engenheiros foi acertada com a direção do órgão e a comissão. A presidente do órgão é a engenheira civil Lúcia Vilarinho. 

A urgência de uma vistoria  no Terminal de Jardim América diante das imagens de pilar aparentemente comprometido não será considerada para determinar uma vistoria extraordinária no local, como informou o Conselho.

Uma possibilidade de antecipar a vistoria é o presidente da Comissão de Infraestrutura da Ales, deputado Marcelo Santos (PDT), antecipar a data da visita da comissão ao local, acompanhado dos técnicos do Crea-ES. O deputado tem sua base eleitoral no município.

Burocraticamente, “a atividade fim do Crea-ES é a fiscalização do exercício e da atividade profissional visando assegurar à sociedade que a prestação de serviços no campo da Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, em seus níveis superior e técnico, seja desenvolvida no território do Espírito Santo, por profissionais e empresas legalmente habilitados no Conselho. …”, como informa em seu site.

Gravidade ignorada

Oito das colunas do Terminal de Jardim América estão cercadas há meses por tapumes. Os tapumes formam uma reta e são visíveis os sinais na estrutura de que existem problemas. Cercar as colunas parece ser a única ação da Ceturb no local. Há temor de que o problema estrutural possa colocar o terminal em risco. Risco que correram os usuários do Terminal de Itaparica, onde o telhado ameaçava desabar. A situação era tão grave que a Ceturb foi obrigada a interditar o terminal. 

A Ceturb não permite que o terminal do de Jardim América seja fotografado, mesmo sendo espaço público. A empresa, que também é pública, não informa a razão de temer a divulgação de imagens do local. Para fazer valer sua proibição ilegal, aciona seus seguranças.

A  Companhia não vê outros problemas no local, como na questão da acessibilidade, entre outros, e é omissa da mesma forma que a prefeitura de Cariacica em tapar os buracos no asfalto do entorno do terminal. Os buracos, verdadeiras crateras, infernizam a vida dos motoristas dos ônibus e causam incômodos aos passageiros. O preço da recuperação dos ônibus quebrados ao passar pelos buracos é pago por todos os usuários do Transcol, pois os cálculos entram na planilha de custo das passagens.

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