O Grupo BW Offshore, que operava o navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus a serviço da Petrobras, será autuado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES). NA última quinta (12), o órgão divulgou que a empresa norueguesa não tinha registro no conselho profissional, item obrigatório para atuação no estado.
A BW Offshore, no entanto, se comprometeu a dar início imediato ao processo de sua regularização. Representantes do Crea-ES e da BW se reuniram na tarde desta quinta-feira (19), em Vitória, para discutir a questão. Os noruegueses esclareceram que a empresa responsável pela operação do Cidade São Mateus é a PPB do Brasil Serviços Marítimos, que pertence à BW.
Ainda assim, o Crea-ES apontou alguma irregularidades: ausência da listagem do corpo técnico responsável por operar os serviços no navio, não indicação de responsável técnico por cada serviço executado e, consequentemente, a ausência de emissão de Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) de cargo e função – documento que comprova quem é responsável técnico pelo serviço e discrimina todo o trabalho que é executado por esse profissional, além da falta de pagamento das anuidades de 2014.
Mas o conselho defende a regularização da BW, uma vez que um corpo técnico de engenheiros no Rio de Janeiro acompanha os serviços da PPB no Espírito Santo.
Uma grande explosão na casa de máquinas do navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus ocorreu na última quarta (11). Dez pessoas ficaram feridas, Seis morreram e três continuam desaparecidos. O acidente ocorreu no litoral de Aracruz, a 120 quilômetros da costa. As buscas pelos desaparecidos ainda continuam. Uma das vítimas recebeu alta na tarde dessa quarta-feira (18).