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Deputada defende CPI para investigar projeto de casas populares em Linhares

A deputada estadual Eliana Dadalto (PTC) iniciou articulações para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre dois condomínios de casas populares do Programa Minha Casa Minha Vida, os Residenciais Rio Doce e Mata do Cacau, construídos em Linhares, norte do Estado, na estrada que liga a cidade ao balneário de Pontal do Ipiranga.

“Este é um drama que vem se arrastando há anos. Desde 2012 famílias de baixa renda vêm sonhando com a casa própria. São 1.500 casas construídas de forma irresponsável, em área de alagamento, e até agora não tiveram o benefício entregue. É lamentável ver tantas famílias sendo punidas pela irresponsabilidade de instituições que deveriam dar dignidade e respeito à população”, afirmou a deputada no Plenário da Assembleia Legislativa nessa quarta-feira (7).

Os motivos da escolha do local para a construção das casas é o alvo principal das futuras investigações. O terreno sofre historicamente com grandes inundações, a última ocorrida em 2012, quando as obras já estavam bem avançadas, tendo sido necessário um grande gasto com reconstrução do que foi destruído.

A parlamentar quer uma justificativa sobre a escolha do local de construção das casas, bem como os técnicos e gestores envolvidos no projeto. “Desde o anúncio da construção e distribuição, ainda no processo de cadastros, nada foi informado à sociedade sobre os pontos que levaram à escolha do local. Mesmo após o episódio de enchente do terreno em 2012, nenhuma justificativa técnica foi dada sobre o que levou à construção dos conjuntos habitacionais naquele local e os únicos penalizados por essa irresponsabilidade foram as famílias beneficiadas, que me procuraram inúmeras vezes para levar essa indignação ao conhecimento do parlamento. Por isso, venho a público a pedido da população linharense solicitar uma apuração de todo histórico de implantação do programa e escolha do terreno em Linhares”, justificou.

Em falas anteriores na Assembleia Legislativa, Eliana mencionou, também, a ausência de posto de saúde e escola no projeto do município para os dois residenciais. “Até quando a irresponsabilidade dos gestores irá passar por cima da qualidade de vida dessas pessoas que não tem renda suficiente para enviar seus filhos às escolas da cidade e para buscarem os serviços de saúde? Essas famílias não são animais para ficar de qualquer jeito numa localidade!”, protestou, há cerca de um ano.

 

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