Os riscos que a população corre ao usar a Rodoviária de Vitória foram finalmente apontados nessa sexta-feira (22) ao governo do Estado. O presidente da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Santos (PMDB), oficiou a Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos, Dayse Maria Lemos, sobre a situação do local, pedindo providências.
As imagens produzidas pelos membros da Comissão de Infraestrutura do Grupo de Trabalho de Infraestrutura e Mobilidade Urbana do Conselho Regional de Engenharia (Crea/ES) no laudo apresentado na Assembleia foram anexadas na comunicação. A reunião dos parlamentares com os técnicos foi na última segunda-feira (18).
Pisos com descobrimento do concreto, com exposição da ferragem da laje, é um dos menores problemas apontados. Grave, mesmo, é a situação de vigas com ferragens corroídas, da mesma maneira como estão destruídas as ferragens de vários pilares.
“Blocos de coroamento de fundação e demais elementos estruturais com corrosão de ferragem e, em alguns casos, com perda total de seção”, apontam os engenheiros peritos. Os engenheiros alertam para a necessidade de “imediata atenção” à rodoviária.
A Rodoviária de Vitoria é do governo do Estado, que entregou sua administração à iniciativa privada. A empresa atual é Conberni. A atuação das empresas no local sempre se limita à área de embarque e desembarque, e à arrecadação de taxas. A parte da rodoviária com comprometimento visível é junto ao mar. Os usuários não conseguem ver a deterioração do local.
A falta de manutenção da rodoviária, que pode até desabar pela destruição de sua base, encontra-se em situação parecida com algumas das pontes da Grande Vitória, como a Segunda Ponte, que liga Vitória a Cariacica e Vila Velha, e a ponte que liga São Torquato a Cariacica, próximo à Policia Federal. As pontes também foram vistoriadas pela comissão do Crea a pedido da Ales. Os técnicos alertaram para os riscos.
Segunda Ponte
Em relação à Segunda Ponte, a Comissão de Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa oficiou na última quarta-feira (20) o Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF), ressaltando que a ponte tem danos em sua estrutura que comprometem a integridade e que, ao longo do tempo, na ausência de manutenção, poderá haver até mesmo ao desmoronamento, restando evidente o risco de graves danos à população. A Comissão pede que o MPF cobre das autoridades responsáveis providências, inclusive junto a órgão federal, segundo registra a assessoria do presidente da Comissão.