Exaltando a importância histórica e cultural do Clube Saldanha da Gama, em Vitória, um ofício de deputados estaduais endereçado ao governador Paulo Hartng (PMDB) recomenda a aquisição do imóvel pelo governo estadual. “Tantas histórias e memórias, além de tão bela estrutura, atualmente tombada pelo município, não pode ficar esquecida”, destaca o texto, encabeçado pelo deputado estadual Marcelo Santos (PMDB).
Lido na sessão desta quarta-feira (22), o ofício também lembra que duas licitações já foram realizadas pela Prefeitura de Vitória, proprietária do imóvel, para vendê-lo, mas não tiveram êxito.
A primeira aconteceu em junho e foi marcada por uma divergência entre a prefeitura e a Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio-ES), entidade interessada em assumir o espaço, quanto ao valor do imóvel, estimado pela Secretaria Municipal de Obras e Habitação (Semohab) em R$ 5 milhões.
A oferta da entidade não passa dos R$ 3,5 milhões. O último edital foi considerado deserto em agosto. A proposta é que o Clube seja um museu com atividades de suporte, como café e livraria.
Os deputados Sergio Majeski (PSDB) e Enivaldo dos Anjos apoiaram a iniciativa. Para o tucano, é urgente um acordo entre prefeitura e Estado para a restauração do imóvel. Enivaldo sugeriu que o Saldanha da Gama pode abrigar órgãos públicos, como a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que, segundo ele, gasta R$ 300 mil mensais com aluguel.
O Clube Saldanha da Gama foi referência histórica na prática de esportes e na realização de grandes bailes. O Clube de Regatas Saldanha da Gama comprou a antiga edificação do Forte São João, em 1931. Em 1984, o imóvel foi tombado pelo município.
