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Desastre: governo do Estado eleva passagem do Transcol para R$ 3,20

Celebrado país afora como o gestor iluminado que, em meio à terra arrasada de estados com finanças combalidas, alcançou a proeza de organizar as contas públicas capixabas, o governador Paulo Hartung (PMDB) ofereceu na tarde desta quinta-feira (28) sua fórmula não tão mágica, mas, pelo contrário, velha conhecida: jogar nas costas da população a conta de um dos mais duros ajustes fiscais do país.
 
Só isso explica o aumento de R$ 0,45 na passagem do Sistema Transcol anunciado após reunião Conselho Gestor do Sistema de Transportes Públicos Urbanos de Passageiros da Região Metropolitana da Grande Vitória (CGTran/GV). O novo valor já vale a partir deste domingo (1).
 
A tarifa salta de R$ 2,75 para R$ 3,20, um reajuste de 16%, valor já integrado pelo subsídio do governo de R$ 0,60. A tarifa do Bike GV saltou de R$ 1,20 para R$ 1,60. Os valores dos seletivos de Vila Velha, Cariacica e Viana foram de R$ 5,20 para R$ 5,40; da Serra, de R$ 5,50 para R$ 5,90; e de Praia Grande e Jacaraípe, de R$ 5,50 para R$ 6,25.
 
Desde que retornou ao Palácio Anchieta, Hartung executa uma política desastrosa de mobilidade urbana. O início de 2016 foi marcado por uma reprogramação nos horários dos ônibus do sistema metropolitano que provocou demora e superlotação. Tratava-se de uma política límpida de redução de custos e aumento do lucro das empresas de ônibus ao sacrifício dos passageiros. O escorchante reajuste concedido nesta quinta-feira indica que essa política está viva.
 
Antes, sempre amparado no discurso do ajuste fiscal, Hartung ceifou em série uma série de projetos de mobilidade que poderiam reinventar o padrão de deslocamento na Grande Vitória. Em 2015, com menos de um mês de governo, cancelou o edital do Sistema Aquaviário. A seguir, cancelaria a licitação de implantação do Sistema BRT (vias exclusivas para ônibus na Grande Vitória) e de estudo para construção de ciclovia na Terceira Ponte. 
 
Nas redes sociais, um protesto contra o aumento já está marcado para a próxima quarta-feira (4). Organizado pelo grupo Voz Ativa – Ufes, que reúne estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o protesto irá se reunir a partir dads 17h em frente ao campus de Goiabeiras da Ufes.
 
“Após dar isenções fiscais bilionárias às empresas, aumentar os gastos com publicidade e descartar concursos públicos e reajuste salarial para as/os servidoras/es públicas/os o Governo do Estado do Espírito Santo reajustou o preço da tarifa do Transcol para R$3,20!”, diz a página do protesto.

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