O descaso do poder público com a Segunda Ponte poderá ser dimensionado nesta segunda-feira (18), às 10 horas, na Assembleia Legislativa. Na ponte, são visíveis ferragem de pilares corroídos, buracos na pista, e enormes buracos nas juntas de dilatação, que separam os blocos. O que só uma perícia poderá apontar é se na base submersa da Segunda Ponte há ainda maior corrosão de ferragens, ou outros comprometimentos na estrutura, que a coloquem em risco.
O abandono da Segunda Ponte é tão grande que nem mesmo a capina do mato nas laterais e a varrição regular da área são feitas pelos órgãos responsáveis.
A Segunda Ponte liga Vitória a Cariacica e Vila Velha, e tem trânsito intenso. Para abandonar a ponte às ações das intempéries – maresia, vento, chuva – e ao tráfego pesado brigam, de um lado o governo do Estado, pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e, do outro, o governo federal, pela Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Os órgãos simplesmente se eximem de responsabilidade, transferindo-a para o outro órgão. Enquanto isto, a estrutura da ponte fica cada vez mais comprometida.
Nesta segunda-feira (18), às 10 horas, o coordenador da Comissão de Infraestutura e Mobilidade Urbana do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) Crea-ES, Jaime Oliveira Veiga, apresentará o relatório de uma visita técnica feita no local pelo Conselho.
O anúncio da visita do representante do Crea é da Comissão de Infraestrutura da Assembleia.
A parte visível da ponte destruída é vista pelos usuários e mostrada diariamente na mídia. A Segunda Ponte foi inaugurada em 1979. Sua construção visava desafogar a ponte Florentino Avidos, conhecida como Cinco Pontes, localizada ao lado. As Cinco Pontes também têm manutenção precária.
