Desde 18 de maio de 2014, quando começou a efetuar a cobrança de tarifa nas sete praças de pedágio no trecho da BR-101 que corta o Espírito Santo, 35.398 mil veículos passaram pelas cancelas, deixando em média um valor de R$ 3,15. O movimento gerou uma receita de R$ R$ 111,6 milhões para a empresa ECO-101, concessionária da rodovia. Os números foram divulgados no Relatório de Administração 2014 publicado na edição desta quarta-feira (18) do Diário Oficial.
A receita bruta de 2014 da ECO-101 atingiu R$ 300,5 milhões, decorrentes da cobrança de pedágio, receitas acessórias (R$1,5 milhão – provenientes do monitoramento de cargas especiais, painéis publicitários, ocupação de faixa de domínio e acessos e outros serviços de utilização e exploração da faixa de domínio da concessão) e receita de construção (R$ 187,4 milhões – realização de obras e melhorias na infraestrutura rodoviária).
A empresa encerrou o ano de 2014 com saldo em caixa, bancos e aplicações financeiras de R$ 40,3 milhões. A dívida bruta foi de R$ 194 milhões em 2014 e a líquida, R$ 153,7 milhões. O endividamento é composto basicamente pelo contrato de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujo saldo em 2014 foi de R$ 193,6 milhões.
Mas quem viaja pela 101 com alguma regularidade nota que, até aqui, a concessionária apenas maquiou a rodovia, instalando predominantemente sinalização horizontal e vertical. As obras de duplicação da rodovia têm previsão de início em 2015. A ECO-101 alega que metade do trecho será duplicado em até cinco anos. De acordo com o contrato estabelecido com Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), 50% da rodovia será duplicada até o sexto ano de concessão e 90% até o décimo ano.
Na última semana, o deputado federal Max Filho (PSDB-ES) encaminhou ao Ministério dos Transportes requerimento de informações sobre a concessão de exploração da BR-101. A intenção é analisar o contrato de concessão e o plano de metas para verificar se a concessionária está cumprindo suas obrigações.
O deputado pede informações quanto a arrecadação de pedágio, pagamento de impostos e o valor dos investimentos para melhorar a rodovia. Pediu também informações sobre o número de acidentes com vítimas registrados no trecho capixaba da BR-101 antes e depois da concessão.